Ameaças

Por mail e por telemóvel através de chamadas anónimas. Ou ponho fim às críticas à actual Câmara Municipal de Aveiro ou vou ter problemas! Assim mesmo o teor das ameaças que recebi nos últimos dois dias!


Não faço ideia da proveniência destas ameaças, mas, e por muito que critique o trabalho que tem vindo a ser realizado nos últimos anos em Aveiro, tenho a certeza absoluta que não vêm dos nossos autarcas.

Mais do que preocupado, estou perplexo. Nunca pensei que, num estado democrático, não pudéssemos fazer as nossas criticas, não pudéssemos emitir as nossas opiniões, no fundo, nunca imaginei que não pudesse exercer o meu direito de cidadania! Pelos vistos não…Por vezes, e por gostar tanto de Aveiro, poderei ser um pouco «duro» nas críticas, mas acho que nunca ultrapassei a barreira do tolerável e nunca enveredei pelo insulto fácil.

Estou também convencido que o que aqui vos conto, não passou de um conjunto de mensagens intimidatórias e que a «coisa» fique por aqui. Mas… há pessoas para tudo e nunca se sabe…ainda por cima, eu sou muito magrinho e tenho pouco arcaboiço para me defender!

Falando a sério, é lamentável e vergonhosa esta situação mas não deixa de ser minimamente preocupante num estado de direito como o nosso.

Já no passado recente levantei aqui a questão mas se calhar é pertinente voltar a colocá-la: valerá a pena continuar o «Aveiro Sempre»? É que para além deste episódio, que eu quero acreditar que seja isolado, cada vez mais tenho a sensação que continuo a «bater no ceguinho» e que os resultados visíveis são nulos! Quando publico comentários de leitores a escreverem que é tudo mentira, que Aveiro não está assim tão mal, que eu é que sofro de «clubite», que Elio Maia e seus pares são todos ultra competentes e fantásticos…que motivação poderei ter para continuar?

Os próximos dias serão para meditar, até lá, resta-me enviar um forte abraço a todos aqueles que continuam a ter «pachorra» para vir aqui regularmente.

Pedro Neves

Cais da Fonte Nova

Depois de mais um dia de trabalho, já em casa da minha sogra, pergunto-lhe como se portaram os miúdos. Com o ar mais sincero deste mundo, vira-se para mim e responde:

- Vá lá, não se portaram mal! Peguei nas bicicletas e fui com eles ali para os lados da Fonte Nova e do Centro de Congressos. Olhe, é uma tristeza! Aquilo foi feito e nunca mais lhe pegaram. Está tudo mal tratado. Tudo, tudo!

Palavras para quê?

Falência!

Aqui está o excelente desempenho desta Câmara em termos financeiros! Aveiro à beira da ruptura financeira! E, nós aveirenses, não deviamos ter explicações sobre como foi possível chegar até isto? Ou a culpa ainda é do Dr. Alberto Sousa que há seis anos que não está na Câmara?

Este gente, se tivesse vergonha na cara, não deveria ir embora? Esta gente, que faz com que Aveiro seja consecutivamente motivo de aparecer nos «media pelos piores motivos possíveis, não deveria ser posta na rua?

Demitam-se! Mas primeiro dêem-nos explicações! Como é possível uma gestão destas se Aveiro não conhece obras há seis anos e se a simples manutenção do que existe não é feita??

Vejam aqui a vergonha: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1963463

Aveiro, cidade sui generis (parte II)

Aveiro é hoje, de facto, uma cidade sui generis também pelos seguintes motivos:

- Há seis anos que não são conhecidas obras significativas, mas o défice aumentou;

- Continua a ouvir-se falar no esforço que tem sido feito para pagar dividas, mas depois, temos sucessivas greves dos colaboradores da MoveAveiro por não receberem aquilo a que têm direito legalmente;

- É a única cidade do país onde é possível estacionar automóveis na sua praça mais conhecida e mais central: as «pontes»;

- É a única cidade do mundo que tem o denominado «Parque Desportivo» composto exclusivamente por um estádio mas sem campos de treino para o futebol de formação, sem um verdadeiro pavilhão multiusos municipal como tantas e tantas outras Autarquias hoje têm, sem uma piscina, sem campos de ténis, sem…nada!

Aveiro, cidade sui generis

Aveiro actual é uma lástima, mas se olharmos para a «coisa» com sentido de humor, acabamos por nos rir com tanto que por aqui há de caricato! Reparem:

- Aveiro tem um Recinto de Feiras e Exposições mas realiza uma feira de artesanato no Rossio que não deveria ser mais do que um jardim aprazível e excelente para se visitar e usufruir;

- Aveiro passou a ter um ferry boat que faz a travessia para São Jacinto (e vice-versa) mas são muitos os dias em que os utentes não o podem utilizar, ou porque o dito cujo está avariado ou porque os funcionários da MoveAveiro estão de greve por falta do pagamento de salários ou subsídios;

- Aveiro tem os barcos moliceiros mas estes andam «amputados» pelos canais da ria;

- Aveiro passou a ter duas salas de espectáculos (o Centro de Congressos e o Teatro Aveirense) mas nem um nem outro tem um Director Artístico;

- Aveiro tem um Presidente da Câmara mas na maioria das vezes é um dos seus «vices» que fala à Comunicação Social;

- Aveiro não conhece uma obra significativa há seis anos mas tem uma Câmara que pretende destruir o Bairro do Alboi sem necessidade nenhuma.

A maior vergonha da cidade de Aveiro actual

Vi, recentemente, o nosso presidente da Câmara em directo na RTP1, a propósito da passagem da Volta a Portugal por Aveiro e tive pena que os apresentadores de serviço não lhe tivessem perguntado como é possível os moliceiros - o principal ex-líbris da cidade - continuarem escandalosamente a circularem pelo canais da Ria com as respectivas proas cortadas ao meio! É um cenário que vejo diariamente e que me revolta permanentemente.


Acredito que as diversas pontes que atravessam os canais impeçam a circulação rápida dos moliceiros, mas não pode haver nenhum interesse económico que se sobreponha à imagem e à preservação do nosso património! Há muita coisa que não está bem em Aveiro mas nada é mais vergonhoso do que esta situação. É um escândalo termos uma Autarquia que é conivente com esta situação e que não impeça imediatamente a circulação dos barcos! Não é possível a circulação por causa das pontes? Paciência, não há passeios para ninguém! Simples.

Sob suspeita

Aproveitando estar de férias, decidi ver ontem o filme «Sob suspeita». Independentemente de, ser ou não um grande filme, só por contar com dois grandes actores como Gene Hackman e Morgan Freeman, já por si merece ser visto. E depois conta ainda com a belissima Monica Bellucci que é de facto impressionantemente linda!

Trata-se de um filme de 2000, cuja história resumida pode ser lida aqui. Não é excepcional, mas gostei.

Esplanadas

Gosto muito de esplanadas e fico contente por ver que hoje Aveiro está, neste aspecto, muito mais bem servido do que há pouco tempo atrás. Contudo, não posso concordar com a licença de esplanadas como a que a foto ilustra. Na estrada?? É caricato, absurdo e ridiculo.

Ainda assim, e porque uma coisa não tem nada a ver com a outra, os meus parabéns ao «Alicarius» pelo dez anos de existência.

Dois ao mesmo tempo?

Aplaude-se a intenção de dotar as noites da Praça do Peixe com animação permanente, agora, o que já não entendo é como há noites, em que num curto espaço, decorrem dois espectáculos à mesma hora. Quem coordena? Não percebo mesmo.

António Modesto

O SC Beira-Mar está de luto com a morte do seu sócio mais antigo. Conhecia António Almeida Modesto desde criança e posso dizer que morreu um homem bom.

À família enlutada, as minhas condolências.

Elefantes azuis

Mais uma banda que só conheci por termos, felizmente, a Antena 3! Chamam-se «Trêsporcento» e apresentam esta grande «malha»: «elefantes azuis»!

Jacinto Martins

Cheguei ontem a Aveiro e sou surpreendido com a morte de Jacinto Martins!

Durante uma década em que tive o privilégio de trabalhar para o Diário de Aveiro, pude contactar com o Jacinto e não tenho duvidas em afirmar que morreu o jornalista mais versátil da nossa região!

O desporto era uma área em que se sentia completamente à vontade, mas Jacinto Martins era muito mais abrangente como comprova o facto de colaborar com jornais como o Soberania do Povo, Jornal de Albergaria, Diário de Aveiro ou Comércio do Porto, por exemplo.

Sempre tive para com Jacinto Martins, uma relação de muito respeito. Por tudo aquilo que ela sabia do futebol aveirense, pela quantidade impressionante de contactos que ele tinha para poder desenvolver a actividade jornalista como só ele conseguia, mas acima de tudo, pela lealdade e generosidade que sempre revelava para com os colegas.

E, claro, não vou esquecer a sua grande paixão pelo ALBA, pelo Beira-Mar e também pelo Sporting. Julgo mesmo que, depois da morte de Tozé Bartolomeu, o SC Beira-Mar deixou de ter alguém que possa acompanhar o dia-a-dia do clube aveirense com a mesma paixão com que o Jacinto o fazia! Não tenho duvidas que o SC Beira-Mar, à semelhança do que aconteceu com o Tozé, também ficou mais pobre com a morte do Jacinto.

Ninguém é insubstituível, mas também não tenho duvidas em afirmar que o próprio Diário de Aveiro perde muito com a sua morte. Jacinto Martins, não pertencendo aos quadros do jornal, era, para todos os efeitos, o «Jacinto do Diário»!

Desde que saí do Diário que não tive a oportunidade de falar com o Jacinto. Soube que tinha sido operado há não muito tempo, mas, e depois de voltar a ver trabalhos seus no Diário de Aveiro, julgava que estava bem e que se ia «safar». Mas não. A vida é mesmo assim, ingrata. Jacinto Martins morreu aos 67 anos.

À família enlutada, os meus sentidos pêsames.

Pausa

O Aveiro Sempre vai fazer uma pausa para descansar uns dias. Até já caros amigos!

E os magros?

A vida e a sociedade em geral continuam a ser muito injustas para os magros! Já havia dietas especiais, carros nas estradas com autocolantes «emagreça agora, ligue-me», ginásios, coca-colas lights e passámos ainda a ter programas para os gordos emagrecerem! E os magros, porra? Não deveria haver um programa na SIC para os magros irem para lá aumentar uns quilos por semana?

 

Discotek

Muito tempo depois, voltei à Estação da Luz. A discoteca aveirense, apesar da concorrência actual do Clube 8 e da NB Aveiro, consegue resistir e continua a ser um caso único de sucesso na noite aveirense.

Era a última sexta-feira do mês, logo era noite de Discotek. Adoro a musica dos anos oitenta, mas não gostei da escolha musical dos DJ's de serviço. Ouvi musicas que são sempre as mesmas e não reflectem o melhor que se fez nesta década. Faltaram nomes com Thompson Twins, Duran Duran, Orquestral Manouvres in the Dark, David Bowe. Faltou mais «pop», mais musica electrónica. Sinceramente não gostei.

Mas a Discotec permite-nos, de facto, ver a Estação com menos canalha e com mais gente dos nossos tempos. Mas, sobretudo, «gente bem» de Aveiro. Gente mais nova mas a mesma futilidade. Na sua generalidade, claro.

A ver vamos...

Li há dias que a Câmara Municipal de Aveiro vai gastar uns quantos milhares de euros para arranjar não sei quantas ruas do Concelho!

A ver vamos...

Se se confirmar, não faz mais do que a sua obrigação, aliás, é escandaloso só agora o anunciar e mais escandaloso é ter deixado que o Concelho chegasse ao estado a que chegou! Não há pior em Portugal! Repito: não há pior em Portugal!

Ainda assim, vamos ver se as ruas vão mesmo ser arranjadas! Eu só acredito quando começar a ver as obras...

É que esta Câmara nada faz, mas, de vez em quando anuncia umas obras e uns projectos...que nunca passam a realidade! Nos últimos seis anos já li coisas sobre o Parque Desportivo (continua a limitar-se ao Estádio), já li coisas sobre um campo de golfe, já li coisas sobre a zona da antiga lota, já li coisas sobre o novo quartel dos bombeiros novos...já li muita coisa e vejo...nada!

Por isso digo, não tenho que aplaudir as eventuais obras sobre ruas e estradas de Aveiro e mesmo assim só acredito depois de ver!

Via Verde

Resisti até ao máximo mas tive que aderir à Via Verde. Numa cidade, onde para irmos para o Estádio, sem ter que ser por «atalhos», é necessário pagar portagem, não há outra hipótese. Mas, acima de tudo, em situações como aquela que se me vai deparar amanhã mais uma vez, ou seja, atravessar a A25 em direcção a Espanha, não há outra alternativa: é comprar a Via Verde e pronto...