segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Drogaria Central

Como todos os dias, entro no prédio onde mora a minha sogra para «apanhar» os míudos, e não deixo de sentir uma sensação estranha e de ficar surpreendido com o fecho da Drogaria Central! É, «apenas», mais uma das lojas históricas do comércio tradicional que fecha em Aveiro! Mais do que simples fecho da Drogaria Central, choca-me que nada se faça para salvaguardar o comercio tradicional e, neste caso, o comércio da Avenida Dr. Lourenço Peixinho. Hoje, entrar naquele prédio, foi como sentir um vazio em mim...

10 comentários:

Anónimo disse...

É muito triste ver uma das Avenidas
mais bonitas de Portugal no abandono a que chegou.

Agora ainda vai ficar mais ESCURA

E o Pres.da Camara sem sentimentos e sem ideias para fazer alguma coisa

Cada um tem aquilo que merece,só que os que não merecem tambem comem por tabela.

Gaspar disse...

É verdade meu Caro. A Avenida está moribunda, está a morrer aos poucos. Falta-lhe "oxigénio" que seriam as achegas da Câmara, mas esta, além dos medos, não tem imaginação para a tornar mais aprazível. Andam a falar em remodelação há séculos, formam-se movimentos, dão-se opiniões, fazem-se promessas mas não saímos da cepa torta.
Nesta Câmara ao contrário do que se vive um pouco por todo lado, há um batalhão de pessoas que vivem dobrados sob as suas incapacidades e falta de imaginação. Não amam verdadeiramente a sua terra, têm medo de si próprios, não sonham, nem pensam Aveiro, aguentam-se por lá...
Esperam ano após ano que o tempo passe como se vivessem obrigatoriamente num quartel miltar, gostariam de deixar tudo e virem embora, e um dia virão, mas sem ponta de glória...
Cada dia que passa devem fazer uma novena a penitenciarem-se por se terem metido em alhadas para que não estavam nem estão "talhados", são uns sem jeito...
Vamos ali a Ílhavo e pasmamos...
O homem é um fanfarrão, mas deu e continua a dar a volta a tudo aquilo. O que a Câmara deve não sei, penso que isso não é importante, porque para se ter coisas é preciso gastar, mas que Ílhavo hoje é uma terra “rasgada” e modernizada, é.
Pode ser que no próximo mandato o “mikey” se "balance" a Aveiro e traga uma equipa que saiba sonhar. Isto claro, se entretanto, e até lá, Aveiro não se apagar de vez.

BM disse...

Boa noite Pedro.
Ainda dizem, por ai, que Aveiro necessita de mais centros comerciais porque são considerados como a "solução" para muitos problemas na cidade...
Gaspar: Para Ílhavo um Centro Comercialzeco perto do mercado e da CMI resolvia a questão "num piscar de olhos".. Deviam fazer CC's em todos os lados! Eles resolvem tudo.. resolvem tudo...

Gaspar disse...

Caro BM:
Não entendi essa dos centros comerciais. Se está a referir-se aos comerciantes, ao muito pouco negócio que fazem,claro que se a Avenida estivesse mais apelativa as pessoas passeavam-se por lá e nas suas voltinhas olhavam as montras, entravam e compravam. Assim, como tudo aquilo está, não.
A Avenida já foi uma "senhora distinta". Hoje, velha e caquética, precisa de esteticistas e cirurgiões plásticos como a Lili, se quer salvaguardar as aparências...
Entre milhares, deixe-me levá-lo ali junto do antigo Banco de Portugal. Os passeios por ali acima estão arruinados e ninguém liga nenhuma. Estão todos "deformados" aos altos e baixos, cheios de covas. Em dias de chuva passearmo-nos por lá só de galochas, e as despesas para arranjar aquilo, seria o pagamento de salários a um ou dois calceteiros...
Olhe que já me lembrei de ir pedir ao Tino de Rans para vir aqui dar um jeito àquilo, chamava a televisão e levava-os a dar uma volta comigo não só por ali, mas por toda a cidade.
O nosso município já que não faz obras, pelo menos devia conservar as que foram feitas, ou será que os 60 milhões não dão para pagar a um ou dois calceteiros e pagar uma camioneta de alcatrão para tapar os buracos de todas as ruas?
Mas não, não se vê nem uma coisa nem outra, portanto devemos reclamar daquilo que afinal é de todos nós.
As desgraças ou benefícios não estão nos centros comerciais. Estão dentro da cabeça de cada um de nós.
Sempre pensei e continuo a pensar que qualquer pessoa para fazer coisas, precisa de 5% de inspiração e 95% de trabalho.
Ao nosso Município falta-lhe uma coisa e outra, daí a nossa desgraça...

Anónimo disse...

Mandem as noticias que aqui dão para os jornais...
Aí sim, é fazer politica e denunciar essas misérias publicamente.

Anónimo disse...

Fiquei deveras impressionada com o fecho da Drogaria Central.É uma pena como tudo vai acabando passo a passo.Culpa!De quem?!A nossa cidade Veneza está cada vez mais pobre e, eu que tenho tanto orgulho em ser Aveirense,sinto mágoa de isso acontecer.

Anónimo disse...

Mas do que é que estavamos à espera depois de ver abrir portas grande superfícies como o retail park, com o Aki -onde em todos eles há seguranças embora não armados-o mestre mako, maxmate,izzi, assim de cabeça são 4 lojas enormes réplicas umas das outras onde o cliente estaciona gratuitamente à vontade, tem carrinhos para ajudar a transportar as coisas para o carro e sente alguma segurança, pelo menos vigilância.Já para não falar dos Hipers que também vendem o mesmo tipo de produtos.Depois vai à baixa fazer o quê? levar com drogados se quer estacionar,se não conseguem estorquir a moedita ficamos com o carro riscado além de pagarmos o estacionamento à câmara e de andarmos que tempos às voltas à procura, depois de estacionar são as calçadas cheias de buracos, é o ter que passar por ruas escuras e suspeitas onde estamos sempre com a mão na carteira ao ver tipos a polir esquinas, enfim, era morte anunciada e a seguir vão fechar mais e mais. O Estado demitiu-se das funções de garantir a segurança dos cidadãos e hoje reina verdadeiramente neste país a lei da selva ou seja a do mais forte.O 25 de abril trouxe liberdade apenas para os criminosos que cada vez mais se passeiam pelas ruas de peito cheio enquanto as pessoas de bem trabalhadoras vivem engaioladas com grades,alarmes,muros altos ,cães,portas blindadas.Com medo.
O espaço privado(Centros Comerciais) reproduziu o antigo espaço público que antigamente eram as ruas comerciais ou a baixa das cidades.Além de ser muito mais confortável, prático,esteticamente mais cuidado e higiénico-vejamos a qualidade dos WCs públicos e a dos CCs-é principalmente MAIS SEGURO, aparentemente fazer compras nos CCs.
A culpa é de todos os que elegem para governantes políticos de esquerda, defensores acérrimos dos direitos dos criminosos que consideram vítimas da sociedade.Parece que as cadeias estavam muito cheias e os tipos da Amnistia int já andavam a chatear e como tinham que investir em prevenção cadeias e polícias preferiram gastar parte do orçamento a aumentar-se a si próprios,em remodelar a decoração da Assembleia da República que ainda não estava suficientemente luxuosa,tb é preciso pagar muitas ajudas de custo etc E se calhar ainda ganham as próximas eleições novamente enquanto o povinho ignorante vai vivendo cada vez mais encolhido e com mais umas dividazitas de tanto ir aos CCs comprar aquele objecto de que não precisa mas que tem que ter porque o vizinho também tem.
Mas isso já é outro assunto.

Anónimo disse...

Blá...blá...blá...
Só leio paleio furado porque na hora H, na prática esses que enviam papaias vão aos Aki, Continentes, Jumbos,...
Deixem de hipocresia, Quem deveria sustentar o comercio tradicional somos nós todos. Para não falar do mercado nacional porque cada vez mais os produtos das grandes superficies são de fora. Comprem produtos nacionais, assim estão realmente a ajudar!!!

Anónimo disse...

Caro anónimo das 11,50PM
Está engnad. As pessoas cada vez mais são comodistas e procuram olhar pelos seus interesses, bom e barato.
É naturalíssimo que vão comprar às grandes superfícies onde encontram abundância e preços convidativos.
Os comerciantes tradicionais com a ajuda das autarquias e dos seus orgãos representativos é que têm de dar a volta às coisas, ter arte e engenho, para fazer com que os consumidores prefiram os seus produtos.
Veja as frutarias da cidade, as padarias e pastelarias que fabricam bom pão e pasteis, parece-me que não se ressentem com a concorrência monopolista.
Vá à cidade do Porto e veja aquelas merceariazinhas tradicionais que vendem um certo tipo de bacalhau, vinhos do Porto, especiarias exóticas, etc.
Parece-me que se aguentam bem, mas saiem dos produtos de produção em larga escala, têm produtos quase exclusivos como especiarias meswmo boas e únicas.
As sapatarias, prontos a vestir, seja o que fôr, têm de sair do ambito concorrencial dos grandes monopólios.
Portanto não queira que se compre por caridade.
As pessoas têm de comprar e gostar do que compram, seja porque motivo for, cabe aos comerciantes tradicionais criar-lhes essas "necessidades" de comprar nos seus estabelecimentos.

cps

Marco M. - Lisbon Spotters disse...

Fiz os meus estudos em Aveiro, e todos os dias descia a Lourenço Peixinho. Nesse tempo havia vida, muitas lojas. Era cliente frequente da drogaria Central na parte do modelismo, fiquei triste quando ao fim destes anos todos vi que tinha fechado. A.avenida esta completamente abandonada.