segunda-feira, janeiro 30, 2006

Hoje no DA

Mas afinal quanto é o valor da divida da Câmara Municipal de Aveiro? E que dizer dos critérios adoptados para a colocação de politicos à frente das empresas municipais? E a história da Aveiro Expo? Questões levantadas por Domingos Cerqueira, num artigo publicado hoje no Diário de Aveiro. O que pensa o amigo leitor?

Detesto o frio, mas...


Detesto o frio. Sou daqueles que desespera pelo bom tempo, pelo calor, pelo Verão! No entanto, hoje, ao saber que a neve caiu em cidades como a Figueira da Foz e em zonas como o Alentejo e a Grande Lisboa, acabei por sentir alguma tristeza por não ter assistido ao mesmo em Aveiro...

domingo, janeiro 29, 2006

IKEA



Diz-se que o grupo sueco IKEA poderá abrir uma fábrica em Aveiro. A confirmar-se, seria uma boa notícia.

sábado, janeiro 28, 2006

agendaveiro.blogs.sapo.pt

Foi com enorme satisfação que recebi a notícia que o Agendaveiro foi destacado pelo «Sapo». Quem entra na página dos blogues do «Sapo» pode ler o seguinte texto de apresentação do Agendaveiro:

«Aveiro é a cidade escolhida para este espaço repleto de novidades culturais e desportivas do concelho.
Aqui encontra links e sugestões de restaurantes, música, teatro, cinema, noite, entre outros, tudo para passar bons momentos nesta localidade portuguesa!
Passe por esta cidade e aproveite para espreitar a
AgendAveiro para descobrir o que de melhor acontece por aqui!»

O Agendaveiro não é um blog de «multidões» mas é algo que continuo a fazer com prazer. Enquanto souber que há pessoas que gostam do Agendaveiro...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Jet set aveirense



Há em Aveiro quem continue a querer transportar para a nossa realidade local, aquilo que sabemos que existe ao nível nacional, ou seja, destacar os «vip«s» cá da terra. É um fartote, digo eu. «O Aveiro» continua a publicar a sua revista social e o Diário de Aveiro insiste na publicação de páginas com muitas fotos de festas que por cá se vão fazendo. Os rostos são sempre os mesmos. A «gente importante» de Aveiro. O «jet set» aveirense! Bahh!...

A rotunda da Policlinica

Muito se tem falado sobre a nova rotunda da Policlinica e dos acidentes que ali têm ocorrido. Mas eu pergunto: o que é que afinal esta rotunda tem de diferente das outras que existem em Aveiro? É maior, apenas. E sendo maior, faz vir ao decima com mais facilidade, a falta de civismo dos portugueses na estrada. Só isso.

terça-feira, janeiro 24, 2006

eliomaia.blogspot.com

Há um blog que tem como endereço http://eliomaia.blogspot.com mas o presidente da Câmara Municipal de Aveiro não sabe quem é o seu autor. Não sabe mas devia estar preocupado por tal situação. Ou não? Segundo o site www.oln.pt, o ex-vereador Pedro Silva terá sido referenciado num «post» e não terá gostado...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Sem surpresa

Cavaco também ganhou am Aveiro. O novo Presidente da Républica foi o mais votado em todas as freguesias do Concelho de Aveiro. Sem surpresa.
Na campanha, o candidato, Garcia Pereira, passou por Cacia, mas nesta freguesia só teve 25 votos...

Coincidências?




Em dia de eleições, fui fazer o Aveiro Basket –CAB para o Diário de Aveiro.
Duas situações, que poderão ser coincidência, mas que não deixam de ser curiosas:
1º - O presidente, Paulo Amorim, não esteve presente no pavilhão, e o administrador Ricardo Paulo, chegou atrasado. Sinais de desmotivação?
2 º - A equipa aveirense, sem Mack Tuck, jogou mais como equipa, defendeu melhor e teve uma melhor atitude.

domingo, janeiro 22, 2006

Faz-me confusão


A Revolução aconteceu, ainda eu era pequeno. Os anos passaram mas os portugueses continuam a viver mal. Estamos na cauda da Europa. Temos os salários mais baixos da Europa. Somos o povo mais descrente da Europa. Tudo isto, ao fim de algumas de dezenas de governação, ora por parte do PS, ora por parte do PSD.
As coisas não mudam, e por isso, é que me faz alguma confusão saber que Portugal vai ter um novo presidente da républica que não pode ficar isento de responsabilidades, relativamente ao estado em que Portugal chegou. Voltei a não votar, mas se o fizesse, nunca teria optado por Cavaco ou Soares. Isso era certo. Os dois estiveram «lá» e não podem deixar de ser «culpados» pelo estado a que «isto» chegou. É por isso, que estas eleições me fizeram confusão. As pessoas, ou têm a memória curta, ou então, continuam a ser deste ou daquele partido, como são do Benfica ou do Sporting.

sábado, janeiro 21, 2006

Basquetebol em dia de eleições



Não deixa de ser curioso e discutível. A Liga de Clubes de Basquetebol ignora as Eleições Presidenciais e marca jogos do campeonato para o próprio dia dessas mesmas eleições. Assim, amanhã, na nossa cidade, o Aveiro Basket recebe o CAB Madeira e a pergunta que se coloca é a seguinte: o pessoal da comitiva madeirense como é que vota? Tem hipóteses de votar?

(ver agenda desportiva em http://agendaveiro.blogs.sapo.pt)

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Dia histórico em Cacia


Ontem, pela primeira vez na sua história, a vila de Cacia recebeu a visita de um candidato a presidente da républica. Garcia Pereira, o tal candidato que tem um símbolo de campanha que mais parece o logotipo de uma cadeia de hipermercados, esteve no auditório da Junta de Freguesia e falou para uma plateia de cerca de 70 pessoas. A coisa parece que correu bem, e o homem ficou todo satifeito...

Estacionamento caro

Ontem, aqui no AveiroSempre, manifestei a minha satisfação por duas boas noticias que li n' «O Aveiro»; hoje, tenho que falar na capa do JN de ontem, em que se podia ler que estacionar em Aveiro custa o dobro da média do país.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Bom sinal


O Aveiro Sempre ainda é um «menino» mas já começa a despertar. Vejam o gráfico das «audiências». Bom sinal.

terça-feira, janeiro 17, 2006

O Carnaval de Aveiro

As gentes vareiras que me desculpem, mas acho o Carnaval de Ovar rídiculo. Os italianos têm Carnaval e não imitam os brasileiros; os alemães têm Carnaval e não imitam ninguém. O Carnaval é universal mas deve ser genuíno. Esta coisa de em Portugal, querermos ter um Carnaval idêntico ao que se realiza no Brasil, com escolas de samba e tudo, é no mínimo, estupido. Acontece em Ovar e noutras localidades. Porque é que não recorremos aos nossos costumes, às nossas tradições e ao que é português? Porque é que um rancho folclórico é patego e um conjunto de míudas gordas e a tremer de frio e a imitar o que vimos (de bom) no Rio de Janeiro já presta? Neste sentido, fico satisfeito por saber que Aveiro vai voltar a ter o seu Carnaval. Não tem vedetas brasileiras, nem estrelas da televisão. É feito pela «prata da casa», é gratuíto, não tem fins lucrativos e ainda assim, acaba por resultar. Nos dias 26 e 28 de Fevereiro, serão muitos aqueles que irão ver o Carnaval de Aveiro. Simples mas sem ser rídiculo.

Coisa rara

As boas noticias são cada vez mais raras. Infelizmente. Por isso, aqui fica o registo para a última página da edição de 5 de Janeiro do jornal «O Aveiro», onde encontramos, não uma, mas sim duas boas noticias. «Autocarros mais baratos em Aveiro» e «Desemprego no distrito baixou em Outubro».

segunda-feira, janeiro 16, 2006

O fim do Aveiro Basket?

A única vitória obtida na presente edição da Liga, já lhe tinha sido retirada, devido à incompetência (há que reconhecer) de quem quis jogar com estrangeiros mal inscritos. Entretanto, no domingo, o Aveiro Basket voltou a defrontar o Santarém (a quem já tinha ganho no campo), só que desta vez, nem no campo, conseguiu triunfar. Conclusão: o Aveiro Basket é ultimo e permitiu aos escalabitanos estrearem-se a ganhar. O fim do Aveiro Basket poderá ter começado aqui.
Com uma Autarquia nova, e depois da entrevista que o Dr. Élio deu ao JN na semana passada, é de crer que a torneira já esteja a fechar. Não vai ser fácil chegar ao final desta época. Com que motivação, o AB se vai apresentar em campo, no pouco que resta disputar? Falta a Taça de Portugal, o que me parece pouco para aguentar o projecto.
O fim do projecto Aveiro Basket parece estar a adivinhar-se...

domingo, janeiro 15, 2006

Salpoente deixa de ser bar


Li no Diário de Aveiro a notícia que dá conta que o Salpoente, pelo menos temporariamente, vai dedicar-se exclusivamente ao serviço de restaurante. Tenho pena. E tenho pena, porque nos últimos anos, o Salpoente, foi a unica «casa» onde podiamos ir beber um copo e ouvir música ao vivo. Foram várias as vezes, que numa sexta feira ou num sábado, no final de mais um dia de trabalho, saí do jornal, e fui comer uma bifana, beber um copo de sangria e ouvir um pouco de música. Esse prazer, pelo menos para já, não pode voltar a acontecer. Fico à espera, que num futuro rápido, o Salpoente, regresse com o serviço de bar e com a música ao vivo para oferecer aos seus clientes.

sábado, janeiro 14, 2006

A derrota de Alberto Souto

Ainda hoje, muitos aveirenses se interrogam, como é que Alberto Souto, com tanta obra feita (só os mais fanáticos é que o podem negar) perdeu as últimas eleições. Na minha modesta opinião, perdeu por várias razões, que passo a enumerar e a (tentar) explicar:


1 - Perdeu porque houve mérito da Coligação de direita e da campanha que fez pelo Concelho de Aveiro. Isso parece-me óbvio. Pelo contrário, o partido do ex-presidente, «mexeu-se» pouco e deu a vitória como um dado consumado. E claro, a coisa deu para o torto...

2 - Perdeu, porque foi vitima de uma conjectura nacional desfavorável ao PS.

3 - Perdeu, porque a Campanha da Oposição «bateu» em temas chaves, como a questão das finanças da Autarquia; o esquecimento das fregueisias menos urbanas; o facto do ex-presidente ouvir pouco a população, etc, etc.

4 - Perdeu porque Aveiro, é efectivamente, uma cidade de Direita. Sempre o foi, e por isso, anormal, foi ter existido um homem, que não sendo de direita, conseguiu dois mandatos como presidente.

As empresas municipais

Os lugares vão sendo ocupados. Os nomes vão sendo anunciados. Agora começo a entender, quando ouvia falar na possibilidade das empresas municipais virem a «encerrar portas». Ou seja, com os nomes que estão a ser escolhidos para ocuparem cargos de extrema importância nessas mesmas empresas, ai são muito bem capazes de vir a fechar, são! Disso não tenho dúvidas.

A primeira decepção


O assunto já não é novo, mas quando a notícia surgiu ainda não existia o Aveiro Sempre, daí, eu só agora estar a comentar a ausência do senhor presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Dr. Élio Maia, na assembleia que serviu para aprovar o orçamento para 2006. Que dizer de tão surrealista situação? No mínimo, parece-me que nunca algo de parecido terá acontecido no nosso país. Então, o presidente da Câmara, não tinha, obrigatoriamente, que estar na aprovação do orçamento? E se a nível nacional, o nosso primeiro ministro fizesse o mesmo na aprovação do orçamento do Estado? Bom, no mínimo, para mim, enquanto normal cidadão aveirense, esta terá sido a primeira decepção relativamente à nova Câmara Municipal. E digo decepção, para não lhe chamar de escândalo.

Nem tudo foi mau...



Leio no site da Câmara Municipal de Aveiro que a Autarquia «através do seu Pelouro da Preservação do Património Histórico, formalizou a sua candidatura ao Prémio Turismo - Valorização do Espaço Público, uma iniciativa do Instituto do Turismo de Portugal (ITP) que visa contribuir para a qualificação da oferta turística e promoção do turismo nacional» e a «Câmara Municipal de Aveiro recebeu o Galardão ECOXXI, atribuído pela Fundação para a Educação Ambiental – Associação Bandeira Azul, uma vez que obteve um índice ECOXXI entre 50 a 55%.»

Parece-me que não ficava mal, nestas alturas, lembrar o trabalho que foi feito por outras pessoas que ainda há bem pouco tempo estavam na Câmara Municipal. Posso estar enganado, não sei bem, mas parece-me que não ficava mal.

E por falar, no novo Parque do Canal de S. Roque, passei por lá um destes últimos dias, e constato, que já há indicios de má manutenção. E aquilo ainda é recente...

Uma Câmara de dois partidos



Poucos ainda repararam, mas no actual Executivo Camarário aveirense há essa curiosidade: os serviços que estão sob a alçada do CDP, voltaram para os Paços do Conselho; os que são da responsabilidade do PSD, mantêm-se no Centro de Congressos. Ou seja, amigos, amigos, gabinetes à parte.

Exagero


O Hotel Meliá Ria, em Aveiro, foi inaugurado e teve honras de primeira página no Diário de Aveiro. «Hotel de luxo», chamou-lhe o jornal aveirense; exagero, digo eu. Um hotel de luxo deve ser um hotel de cinco estrelas e o Meliá Ria, é de apenas quatro...

Eu e Coimbra


Não gosto de Coimbra. No ano passado, quando a Académica visitou o Municipal de Aveiro, não esqueço a faixa que a «Mancha Negra» deu a conhecer ao público e onde se podia ler: «Parabéns pela Inovação...Primeiro estádio do Euro a descer de divisão!» Por estas, e por muitas outras não gosto de Coimbra e muito menos da Académica.
Não é complexo, mas os gajos de Coimbra fazem-me aflição. Aquela coisa de chamar «Briosa» à Académica chega a irritar-me. E depois, a ideia de que só eles é que têm Universidade é algo que me impressiona. Coimbra tem de facto a tradição, mas o que qualquer estudante de Coimbra deveria fazer, era fazer um passeiozinho pelo Campus da Universidade de Aveiro e deliciar-se com o que pode observar. Quando vejo gajos de Coimbra, em pleno centro de Aveiro, a pedir para a Universidade de Coimbra, dá-me vontade de rir. E de ofendê-los.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

O melhor da festa das cavacas

O Quim Barreiros motivou uma autêntica romaria atá ao pequeno largo de S. Gonçalinho, mas para mim, que ali vivi mais de trinta anos, e para toda a população que sente a melhor do S. Gonçalinho de uma forma especial, o melhor da festa voltou a ser o melhor da festa.


Primeiro, é a concentração na Capela. Ali, o ambiente é de alegria e as canções que todos cantamos, provam isso mesmo. Depois, chegam os mordomos e o destino é a rua. Ou melhor, as ruas da Beira-Mar. O mais engraçado é que tudo é espontâneo. O povo segue uma pequena banda de músicos, mas tudo canta, tudo dança. Velhos e novos. A tradição está garantida. A «arruada» percorre as ruas e pára nas casas das dos mordomos, num circuíto que demora mais de duas horas e que termina sempre na própria capela.
Este ano, o tempo ajudou e a participação da população foi elevada, como querendo demonstrar que a tradição está para durar.
A festa de S. Gonçalinho é essencialmente conhecida pelas cavacas, mas para muitos como eu, o seu melhor dia é a segunda-feira. Canta-se vezes sem conta o hino do Beira-Mar, numa demonstração bairrista que é pena não ser seguida noutras ocasiões, nem pela população aveirense em geral.
Quem foi ver o Quim Barreiros, ia ver o Quim Barreiros noutro sitio qualquer. Quem está à espera do final de tarde de segunda-feira, são aqueles que «amam» a festa, que ali vivem ou viveram.

E como sempre, eu e vários familiares (incluíndo o menino Afonso, de apenas seis anos), cumprimos com a tradição e lá fomos mandar as cavacas. Junto a nós, também ele um «filho» da Beira-Mar, encontrava-se Ribeiro, futebolista do Beira-Mar. E é por isso que Ribeirinho, como carinhosamente ainda é tratado, é de facto um jogador especial no plantel auri-negro. Porque é do Beira-Mar, mas também porque é da Beira-Mar.

Para o ano há mais.

Croissants, o aluger de filmes e um novo cinema


Anos 80. Recordo os tempos áureos do Centro Comercial Oita. Era enorme, para aquela altura. E trazia novidades. Lembro-me das filas intermináveis, em busca de um croissant de vitela ou de ovos moles. E havia o «Scala», um dos muitos video clubes que abriu na altura. Eu era sócio, e confesso, trazia sempre um «drama» ou uma «comédia», mas não deixava de pôr os olhos nos «eróticos». E por falar em cinema, Aveiro passou a dispor de mais uma sala de cinema, hoje, explorada pelo Cine Clube de Aveiro.

Declarações preocupantes



Li com atenção a entrevista que Artur Filipe deu ontem ao Diário de Aveiro e não posso deixar de transcrever e comentar o que disse sobre as modalidades amadoras.

«A partir de Janeiro, não podemos continuar a subsidiar as várias secções que existem no clube. Veja-se o exemplo do Boavista, que acabou com as modalidades que ainda tinha em actividade.»


Tenho a melhor das impressões sobre o Sr. Artur Filipe, mas estas palavras parecem-me preocupantes. Porquê? Primeiro, porque ainda em campanha eleitoral, sempre disse que iria apoiar as modalidades amadoras, e agora, já dá o (errado) exemplo do Boavista, para colocar como cenário o fim dessas mesmas modalidades.

Senhor Artur Filipe: o senhor foi eleito para dirigir os destinos do clube, para tentar recolocar o clube na I Liga de futebol, mas também para não acabar com modalidades. E mais: sobre o Boavista, não é verdade que o clube tenha acabado com modalidades. Mantém uma equipa profissional de ciclismo, apesar das dificuldades, continua a competir na Elite, em andebol, e tem futsal na primeira divisão nacional. Isto é acabar com modalidades?

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Fim da EMA?


Foi sem surpresa que li nos jornais, notícias que dão conta do eventual fim da EMA, empresa municipal criada para gerir o Estádio Municipal de Aveiro. O fim das empresas municipais não foi um dos lemas e promessas da actual Câmara? Ou estarei enganado? Penso que não...

Garcia Pereira em Cacia?

Ouvi dizer que Garcia Pereira, o candidato a presidente da Républica que poucos conhecem, vai estar no próximo sábado em Cacia, e que está a ser preparada uma grande recepção ao homem. Ouvi ainda dizer que a coisa vai meter jantarada valente...e uma grande festança.

Sugestão

Ora aí está uma boa sugestão para uma das muitas rotundas abandonas que existem em Aveiro. A merecer a atenção da nossa Câmara Municipal. Ficava bem na rotunda que se encontra a meio da avenida que liga a Policlinica até ao viaduto da Estação, mas na grande rotunda do Recinto de Feiras também era capaz de não ficar mal...

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Cinco desejos da Quercus/Aveiro para 2006


OS 5 MAIORES DESEJOS AMBIENTAIS DA QUERCUS-AVEIRO PARA 2006

No ano de 2006 que agora se inicia, são várias as preocupações e desejos da Quercus-Aveiro para que ao nível ambiental a região onde nos inserimos dê um importante salto qualitativo.
Aqui formulamos então alguns desejos que esperamos ver realizados muito em breve.

1 Tratamento Mecânico e Biológico

Agora que o Ministério do Ambiente decidiu, e muito bem, no sentido de abandonar o projecto de incineração para os resíduos urbanos da ERSUC (distritos de Aveiro e Coimbra), optando pelo Tratamento Mecânico e Biológico, cumpre-nos a todos os cidadãos providenciar para que aumente uma efectiva separação dos resíduos que produzimos.
Este sistema apresenta grandes vantagens em relação à incineração, uma vez que é mais barato, aumenta substancialmente a taxa de reciclagem, é pouco poluente, gera mais postos de trabalho e é de mais rápida instalação.
Neste seguimento, e para dar como cumprido um dos desejos ambientais relativos a 2005, é desejo da Quercus-Aveiro que, em 2006 seja definida e apoiada a construção de uma rede de instalações para o tratamento mecânico e biológico dos nossos resíduos, aumentando assim a taxa de reciclagem e reduzindo a quantidade de resíduos a enviar para aterro e incineração.

2 - IC1 – Sublanço Angeja/Estarreja

Relativamente a este processo foi já reconhecido, na sequência de um procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental, que a opção do IC1 a Poente da Linha do Norte da CP é demasiado gravosa, tanto em termos económicos como em termos ambientais e mesmo sociais, quando comparada com a opção aceite no último Estudo de Impacte Ambiental o qual aprova a construção do IC1 (sublanço Angeja/Estarreja) a nascente da actual EN109 perto da Auto-estrada do Norte.
No entanto, interesses políticos incompatíveis com uma estratégia de desenvolvimento sustentável da Ria de Aveiro conduziram à suspensão da construção deste sublanço o que teve como consequência o atraso por vários anos da melhoria das acessibilidades regionais, aspecto este ainda mais agravado pelo facto de que, segundo as últimas notícias vindas a público, parece mesmo que o impasse verificado não se irá traduzir na construção a Poente mas sim na construção a Nascente como foi aceite pela Quercus e aprovado em processo de AIA.
Neste seguimento, e para dar como cumprido um dos desejos ambientais relativos a 2005, a favor do desenvolvimento sustentável, é desejo da Quercus-Aveiro que, em 2006 seja definitivamente abandonada a opção de construir o IC1 a Poente da linha de caminho de ferro.

3 - Tratamento dos efluentes na Ria de Aveiro

Considerando que temos as instalações/equipamentos de tratamento das águas residuais do sistema SIMRIA a funcionar muito longe da sua capacidade normal, urge concluir a ligação de TODOS os municípios que integram o sistema, para que de uma vez por todas deixe de ocorrer descargas de águas residuais não tratadas na Ria de Aveiro.
Desta forma, é nosso desejo que haja um entendimento entre a SIMRIA e as câmaras municipais que já integram o sistema, para que 2006 seja o ano em que finalmente ocorrerá a ligação de toda a rede já existente. Por outro lado, deverá avançar em definitivo o tratamento dos efluentes do Municípios que descarregam as águas residuais na Barrinha de Esmoriz e, se possível, iniciar os procedimentos de forma a alargar a rede a novos municípios com problemas ao nível do tratamento das águas residuais na Bacia do Rio Vouga/Ria de Aveiro.

4 - Metro de superfície

Hoje em dia é amplamente reconhecido que os transportes são essenciais para o funcionamento das sociedades modernas na medida em que um sistema de transportes bem desenvolvido permite o fácil movimento de mercadorias e de pessoas promovendo as comunicações inter e intra regionais.
No entanto, a grande procura e consequente utilização dos meios de transporte rodoviário transformou este sector no principal contribuinte para diversos problemas de saúde e de ambiente conduzindo a frequentes congestionamentos com as consequentes perdas de tempo.
A este facto Aveiro não é, nem pode ficar alheio. Considerando que a procura pela mobilidade continua a aumentar, a resposta não se pode basear apenas na construção de novas infra-estruturas rodoviárias. O sistema de transportes moderno deve ser sustentável do ponto de vista económico, social e ambiental.
Desta forma, é com agrado que a Quercus recebe a notícia de que o projecto do Metro de Superfície para Aveiro (ligação Águeda – Aveiro – Ílhavo), utilizando como parte integrante do mesmo a requalificação da Linha do Vouga, é um projecto que está nas intenções da câmara Municipal de Aveiro.
Convém não esquecer que este projecto, a ser implementado, atingirá uma população alvo de aproximadamente 150 mil habitantes sendo uma mais valia (social, económica e ambiental) competitiva ao nível das deslocações entre estas cidades, face aos meios de transporte actualmente utilizados.
Desta forma, é desejo da Quercus que 2006 seja o ano do pontapé de saída deste projecto e que os Municípios envolvidos se empenhem para levar o projecto a bom porto.

5 - Erradicação Sustentada dos Jacintos-de-água

O Jacinto-de-água, espécie exótica infestante actualmente presente nas águas doces da área envolvente à Ria de Aveiro, é uma constante ameaça à biodiversidade local, bem como às actividades económicas, culturais e desportivas dependentes do meio hídrico que nesta área se praticam (pesca, navegação, etc.).
Há vários anos que a problemática é apontada durante o período de Verão – época em que do ponto de vista vegetativo o crescimento é mais intenso – mas até ao momento não ocorreu ainda uma acção concertada para a erradicação desta espécie da região.
A este nível é imperioso que o Ministério do Ambiente defina um plano de intervenção que de forma sustentada proceda à erradicação desta praga dos nossos planos de água, nomeadamente, da Pateira de Fermentelos e do Rio Vouga, antes que a mesma ocupe outros planos de água, nomeadamente os planos de água (valas, rios) do baixo Vouga Lagunar, o que do ponto de vista da conservação da biodiversidade desta área seria muito nefasto.

Aveiro, 5 de Janeiro de 2006.
A Direcção do N.R. de Aveiro da Quercus - A.N.C.N.

Tachos

Sou dos muitos portugueses que deixou de acreditar em políticos. Sejam nacionais, sejam aqueles de «trazer cá pela terrinha». Por uma razão muito simples: porque a grande maioria dos nossos políticos anda à procura de «tachos».


Neste capítulo, e reportando a temática para a situação aveirense, confirma-se esta ideia. Mudámos de Câmara, mudam-se os «donos» dos tachos. E não me venham dizer que neste aspecto (atenção, refiro-me apenas a este aspecto), o actual Executivo é diferente para melhor. Não é, de facto. Basta ver os nomes das últimas colocações...

Detesto política. E é por isso que há muito que já não voto. Ok, venham de lá os criticos com a conversa do costume: «Pois, se não votas, não podes falar, e blá, blá, blá...»

Tachos. Há Tachos grandes e pequenos. Mas a política é isto: tachos. E vem aí as Eleições Presidenciais...

terça-feira, janeiro 10, 2006

Multa-se pouco em Aveiro


Eu acho que se multa pouco em Aveiro. Sou daqueles que pensa que a polícia devia agir mais.

Não há um dia em que transitar na Av. Lourenço Peixinho não seja dramático. Porquê? Porque uma avenida que tem duas faixas para se andar, acaba por ter apenas uma, devido à quantidade de carros que todos os dias, estão estacionados na faixa da direita. De vez em quando, mas apenas de vez em quando, lá surge uma multinha. Devia ser Sempre.

Outro exemplo leva-nos para a Rua que vem da Sé para as Pontes. Há uma faixa que serve para os carros se dirigirem para o Parque de Estacionamento do Forum, mas na realidade, serve para os automobilistas, ali estacionarem os seus carrinhos. Caricato.

Podia dar muitos, mas muitos mais exemplos, que me levam a perguntar: Policia Municipal para quê?

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Universidade


No final do ano passado, fui assistir na Universidade a um debate integrado nos 20 anos do Núcleo de Aveiro da QUERCUS, e só dei com o Auditório, porque fui para lá devidamente informado e porque conheço minimamente a localização dos diversos departamentos. E se não conhecesse?
Em termos de sinalética e identificação, a Universidade de Aveiro foi, e continua a ser uma vergonha. Os edificios não estão identificados e nas ruas do Campus não há uma unica indicação para nada. Para os departamentos, para a Reitoria, para o pavilhão, para a pista de atletismo que continua sem balneários, para as cantinas, para...nada! Zero.

Temos uma excelente Universidade, mas neste aspecto...

domingo, janeiro 08, 2006

Há sempre alguma coisa que se aproveita...



E falando ainda de grandes superficies comerciais, aproveito para vos sugerir uma visitinha ao Jumbo. CD's a 7,5 Euros e Livros a 5 Euros. Ok, a grande maioria do que está para venda é lixo, mas há sempre alguma coisa que se aproveita... Paciência para estar na fila das bombas de gazolina é que, definitivamente, não tenho.

sábado, janeiro 07, 2006

Guerra aberta



A Media Markt entrou em Aveiro com uma campanha de publicidade muito agressiva. Entre outras coisas, começou por dizer que Aveiro era uma cidade cara e que os aveirenses iam
deixar de ser parvos.

Ontem, vi um enorme anuncio da Radio Popular, onde se podia ler que «ser parvo é chamar parvos aos outros». A guerra parece estar instalada. Alguém ficará a ganhar?

Centro cultural, porquê?

No ano passado, foi inaugurado o Centro Cultural de Esgueira, uma obra que todos pensariam que pudesse vir a constituir mais um espaço que privilegiasse a cultura na cidade de Aveiro. Puro engano.


O que é que já ali aconteceu? O que é que já ali se fez? Que eu saiba...nada! Ou melhor, por vezes, quando lá passo, por volta das 9/10 da noite, vejo umas senhoras a fazer malha. Serve pelo menos para isso.

OS «UAN» e os outros


Estive recentemente no Cafeína, em pleno centro de Aveiro, a assistir ao lançamento do livro «O nosso modo de ser», editado pelos Ultras Auri-Negros, e que retrata os primeiros cinco anos de existência desta claque do Beira-Mar.
E marquei presença, por três razões:
  1. Porque sei que felizmente os «UAN» são uma claque diferente das claques dos chamados três «grandes», claques estas que ao longo destes ultimos anos só têm prestado um mau serviço ao futebol português.
  2. Porque a receita do livro tem fins de solidariedade, numa prova que de facto os UAN são diferentes.
  3. E por último, porque sabia que iria encontrar muitos amigos e muitos beiramarenses, à volta de várias mesas e em ambiente de pura tertulia. E não me enganei.

Os Ultras Auri-Negros com esta acção, mostraram mais uma vez que são de facto diferentes da maior parte da escumalha que constituem grupos organizados como «Super Dragões», «Juve Leo», ou «No Name Boys».

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Vandalismo, apenas.

O fenómeno não acontece somente em Portugal (por exemplo, em Barcelona ou em Sevilha, chega a meter dó!), mas não deixa de ser revoltante. Portas, janelas, muros, e paredes são constantemente vandalizadas com «rabiscos», a que muita gente, ainda consegue chamar de «arte». Aveiro não foge à regra. Os ultimos «assinatos» aconteceram no edificio da Caixa Geral de Depósitos e na nova Praça do Peixe. A mim, revolta-me, que gosto de Aveiro como ninguém. E quem continua com estas brincadeiras estupidas de «rabiscar» tudo por onde passa, não pode ser de Aveiro. Não quero acreditar nisso. Porque se são, não nos dignificam a nós, aveirenses.


É frustrante!



Neste Natal, não me posso queixar. Deram-me uma gravata (algo que recebo sempre com o mesmo agrado), recebi um relógio que não tinha e uma carteira que precisava.


Mas também gastei dinheiro em prendas. E não foi tão pouco assim...mas o frustrante, é passar o Natal, e logo no dia 26 ou 27, sair à rua e ver lojas em... promoções. Então um gajo, ainda uns dias antes comprou uma camisola por X, e eis que o Natal já era, e a camisola baixa para quase metade do preço. Frustrante, no mínimo.

Concertos gravados na minha memória

Não consigo passar sem música e sou um grande consumidor de música. Gosto de vários estilos, mas sempre tive uma atracção especial pela chamada musica moderna portuguesa, desde o «boom» dos anos 80 até aos últimos projectos que comprei, como Plastica, Blasted Mecanhism, The Gift, entre outros. Apesar do gosto pela música, nunca fui grande apreciador de concertos ao vivo. Ok, pode ser um contra-senso, mas é verdade. Ainda assim, e vasculhando num velho baú que tenho em casa, deparei-me com alguns bilhetes de alguns concertos que ficarão para sempre na minha memória. E passo a recordar os três melhores que vi no concelho de Aveiro:
  • La Frontera / Recinto de Feiras / 6 de Maio de 1992 / Aveiro

Foi a primeira vez que fui ver um concerto de uma semana académica de Aveiro. Não foi propriamente num dos pavilhoes do recinto de feiras, foi sim, numa tenda improvisada para o efeito. O público não era muito, mas o concerto da banda espanhola correspondeu às expectativas. «El limite», o tema mais forte de sempre dos La Frontera, levou o público ao extase. Paguei na altura 1600 escudos.

  • ZEN / Celeiro Rock Club / 28 de Novembro de 1995 / EIxo

Os Zen, banda do Porto, nunca atingiram o auge da popularidade, mas eram muito bons ao vivo. Fui vê-los ao «Celeiro», um espaço que viria a fechar, localizado junto ao Parque da Balsa, em Eixo. E foi pena ter fechado, porque o espaço era bom e ali se realizaram bons concertos rock.

  • SILENCE 4 / Largo do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro / 22 de Setembro de 2000

Os Silence 4 estavam no top e foi nesse concerto que passei a admirar mais David Fonseca. Excelente cantor e um verdadeiro «animal» de palco. Concerto fantástico e com muita gente, numa noite de neblina que ajudou a compôr o cenário. A nota negativa foi a gafe de David fonseca, que ao entrar em palco, disse em voz alta: «Boa Noite, Viseu!» E tudo assobiou.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Estilos

ESTILO 1
Já é passado mas fica inegavelmente ligado a profundas alterações que levou a cabo na cidade de Aveiro. É o homem das obras, quer queiramos, quer não. Com ou sem a ajuda da Polis, tivemos entre muitas outras coisas, o novo Estádio Municipal de Aveiro, o Mercado de Santiago, a nova Estação da CP, a nova Estação da CP de Cacia, a recuperação do edificio da Capitania, o Teatro Aveirense, o parque de estacionamento e arranjo da Praça Marquês de Pombal, a reconversão da Rua Direita numa rua pedonal, o saneamento, o Mercado do Peixe, os muros da ria, o Parque do Canal de S. Roque, a recuperação da Capela das Barrocas, a Biblioteca Municipal, as zonas pedonais envolventes à Praça do Peixe, os viadutos, o tunel da Estação, algum trabalho de recuperação do Parque da cidade, e muito, muito mais. Sem exageros. O homem fez obra. E a questão mais pertinente é a seguinte: se fez obra, porque é que perdeu as eleições? Pelo seu feitio? Por pensar que já estava ganho? Por obras mal feitas como umas pontes que «nasceram» em Cacia e em Esgueira? Por ter desprezado a campanha? Ou por ter sido vitima do grande trunfo adopatdo pela Coligação, ou seja, a dificil situação financeira da Autarquia?
De qualquer das maneiras, Alberto Souto mostrou ser um homem de ideias e dinâmico. Fui ver a apresentação do seu projecto e do plano eleitoral, e caso ganhasse, havia ali muita coisa para realizar. E dinheiro? Pois, essa é a qustão...Seja como for, parece-me que para o municipe, o que fica são as obras, já que daqui a trinta anos, ninguém se lembra como é que a Câmara, no seu mandato, foi gerida!
Outro aspecto que apreciava no ex-presidente era a sua faceta de show-off. Que a tinha, de facto. Reparem no caso das Bugas! Parecia uma ideia estupida, mas Aveiro foi falada por causa das Bugas. E depois houve outras Câmaras que seguiram o modelo. E aquela mega passagem de ano, realizada há uns anos em frente ao Centro de Congressos? Ok, deve ter-se gastado uma ppa de massa, mas quilo foi um sucesso. Só que no ano seguinte já não se realizou...E o Carnaval na ria? Acho que devia ser mantido. E a programação aquando do Euro, com Alanis Morissette e tudo!?
Para além das dividas contraídas, quais os maiores fracassos dos seus mandatos? Acima de tudo, o Aveiro Basket. Acredito que a intenção fosse boa, mas os resultados nunca apareceram. E as empresas municipais? Não sei, sinceramente. Sei é que na Camapanha, a Coligação afirmou que ia acabar com as ditas empresas (e tenho a certeza disto) e afinal elas ainda aí estão, apenas como outros rostos à frente das suas gestões.

ESTILO 2

Foi presidente da Junta de Freguesia de São Bernardo e toda a gente é unanime em afirmar que ali fez um bom trabalho. Não o conheço pessoalmente, mas dá para ver que é um homem sério. Conseguiu convencer os aveirenses e o seu trunfo principal foi ter insistido no estado critico das finanças da Autarquia. Sim, porque em termos de programam eleitoral, pouco se soube. Comprometeu-se a reequilibrar as finanças e por isso, obras, é algo que nos próximos anos vamos ver pouco. Estilos diferentes. Posturas diferentes. Eu como aveirense, desejo-lhe as maiores felicidades e que o seu trabalho seja benéfico para Aveiro. Aveiro merece. Mas há um aspecto que me põe de pé atrás: a sua equipa. Muitos dos nomes do seu elenco são nomes já «gastos». É a minha opinião e admito até que possa estar enganado e que essas mesmas pessoas, sobre as quais eu aqui coloco bastantes reservas, me possam vir a surpreender. Deus queira que sim.

O grande Zeca Afonso!

José Afonso. É único. E «por acaso» até nasceu em Aveiro, embora, ao longo dos tempos, continuasse haver muita gente incomodada com essa curiosidade. Estiveram para lhe dar uma Avenida, acabaram por lhe dar uma rua, que apesar de recente, já está num péssimo estado.

Em jeito de homenagem, o Aveiro Sempre apresenta aqui um resumo da vida deste grande compositor, músico e poeta.

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro.
Quando, em 1930, o pai, José Nepomuceno Afonso, foi colocado em Angola, como delegado do Procurador da República, Zeca Afonso, por razões de saúde, permaneceu em Aveiro, confiado aos cuidados de uma tia e do tio Xico, "republicano anticlerical, anti-sidonista".Tinha então um ano e meio, e cresceu rodeado da ternura das primas e dos tios.

De 1932 a 1937 José Afonso viveu com os pais e irmãos em Angola, o que lhe causou uma profunda ligação ao continente africano que se reflectirá pela sua vida fora. Regressa a Aveiro mas breve se reencontra com os pais e irmãos em Lourenço Marques com quem viverá pela última vez em conjunto até 1938.
Quando, nesse ano, voltou para o continente, José Afonso foi viver para casa do tio Filomeno, (seguidor do salazarismo, pro-franquista e pro-hitleriano) então presidente da Câmara em Belmonte, e aí completou a instrução primária. Seus pais, que entretanto se haviam deslocado para Timor, foram aprisionados pelos ocupantes japoneses, durante três anos, até 1945.
Em 1940 instalou-se em Coimbra em casa de uma tia e aí as suas pulsões mais íntimas sobrepuseram-se às influências familiares. Fez o liceu e a universidade em Coimbra, formando-se em Ciências Histórico - Filosóficas.
Foi professor em vários pontos do País.
Em 1958 José Afonso grava o seu primeiro disco "Baladas de Coimbra" enquanto acompanha o movimento em torno da candidatura presidencial de Humberto Delgado. Mais tarde grava "Os Vampiros" que, juntamente com "Trova do Vento que Passa" (escrita por Manuel Alegre e cantada por Adriano Correia de Oliveira) constituem um marco fundamental da canção de intervenção e de resistência antifascista.
Gravou também "Menino d'Ouro" e "Menino do Bairro Negro" em 1962 e 1963.
Em 1964 parte para Moçambique, onde então conhecerá a fotografia amarga da sociedade colonial moldada ao estilo do "apartheid" de Pretória. Professor de liceu, desenvolve uma intensa actividade política contra o colonialismo, o que lhe traz problemas com a PIDE e com a administração colonial, sendo-lhe vedada a sua actividade no ensino.
Mais tarde regressa a Portugal onde é colocado como professor em Setúbal, donde posteriormente é expulso. Para sobreviver dá explicações e grava o seu primeiro LP, "Baladas e Canções".
Em 1967-70, Zeca protagoniza uma intervenção política e musical ímpar, convertendo-se num símbolo da resistência. Várias vezes detido pela PIDE, mantém contactos com a Luar, PCP e esquerda radical. Em 69 participa no 1º Encontro da "Chanson Portugaise de Combat" em Paris e empenha-se fortemente na eleição de deputados à Assembleia Nacional da CDE de Setúbal. Grava o LP "Cantares de Andarilho" recebe o prémio da Casa da Imprensa pelo melhor disco do ano, e o prémio da melhor interpretação. Alvo de censura José Afonso passa a ser tratado nos jornais por Esoj Osnofa!
Em 1971, com arranjos de José Mário Branco, edita o album "Cantigas de Maio" do qual consta "Grândola Vila Morena" que se tornará um símbolo da revolução de Abril. Desde então Zeca participa em vários festivais. É publicado o livro "JOSÉ AFONSO", coordenado por Viale Moutinho e lançado o LP "Eu sou como a toupeira".
Em 1973 canta no III Congresso da Oposição Democrática e grava "Venham mais cinco".Em 29 de Abril desse ano é preso em Caxias.
Após a Revolução dos Cravos, empenhou-se no apoio a organizações populares de base, ao mesmo tempo que participa em numerosos "cantos livres".. Grava o LP "Coro dos Tribunais" onde conta com a colaboração de Fausto, Adriano Correia de Oliveira, Vitorino e José Niza, entre outros. Em 1975 canta em inúmeros espectáculos de dança e lança "Com as minhas tamanquinhas".
Em 1976 apoia Otelo Saraiva de Carvalho na candidatura à presidência da república.
Em 1981 actua no Theatre De La Ville de Paris, compõe a música de "Fernão Mendes" para a "Barraca" e grava "Enquanto há força" e "Fura fura".
Em 1985 José Afonso já se encontra doente, e o Coliseu de Lisboa é o palco do seu último espectáculo. As homenagens multiplicam-se e é condecorado com a Ordem da Liberdade. Já muito enfermo, em 1985, apoia a candidatura de Lourdes Pintassilgo à presidência da república. É editado o seu último disco, "Galinhas"

Morreu em Setúbal, a 23 de Fevereiro de 1987, com 57 anos

O novo hotel







Tenho ouvido as mais diversas opiniões sobre a estética do novo hotel de Aveiro, o «Meliá Ria». Eu gosto, mas já ouvi alguém chamar-lhe de «mamarracho» e há quem diga que não combina bem com o nosso Centro de Congressos. Eu gosto de contrastes e é por isso que gosto do hotel. Penso que este é o edificio típico de que se gosta muito, ou não se gosta nada.

Entretanto, muito recentemente, por ocasião do jantar de Natal do Diário de Aveiro, tive a oportunidade de o conhecer por dentro. A sua simplicidade, em termos decorativos, impressiona pela positiva. Não é extraordinário belo, mas é bonito. Paredes brancas, portas pretas. Nas paredes, não se vê um único quadro.

Rotundas

Portugal foi invadido por rotundas. Há novas rotundas em aldeias, vilas e cidades de todo o país. Aveiro não foge à regra. Não quero discutir o eventual exagero de construção de rotundas que possa estar a existir, parece-me é que se elas existem, devem estar minimamente cuidadas ao nível da sua «estética de apresentação». E em Aveiro, a grande maioria, apresenta, ao contrário do que acontece noutras cidades, um aspecto miseravel. E dou apenas um exemplo: vejam como se encontram as rotundas envolventes ao Estádio Municipal de Aveiro. Ao abandono. Mas não são as únicas...Sim, eu sei que há assuntos bem mais importantes para Aveiro, mas...

segunda-feira, janeiro 02, 2006

A FNAC faz falta


Longe vão os tempos em que tínhamos que nos deslocar ao Porto para fazer compras. Hoje, temos o Forum Aveiro, o Feira Nova, o Glicinias, o Jumbo, o Aveiro Retail Park, os McDonald's, as Zaras, o Carrefour, o Media Market, a Radio Popular, a Hugo Boss, a Levis Store, a Stefanel, a Sport Zone, o Maxmat, a Fátima Lopes, os Pingos Doces, a Quebra-Mar, a Mango, a Gant, a Macmoda, o Stapless Office Center, a Timberland, a Salsa, a Bijou, os cinemas com pipocas, etc, etc, etc. O consumismo invadiu Aveiro. Vários centros comerciais, não sei quantos supermercados e três hipermecados!

Mas falta-nos uma loja. Falta-nos a FNAC. Para quando uma loja em Aveiro?

O viaduto da Estação


Depois de uma inauguração forçada (poucos dias antes das eleições) e de vários impasses, eis que o novo túnel da Estação de Aveiro entra em funcionamento pleno.

Continuo a defender que este novo túnel da cidade deveria ser de sentido único, ou seja, deveria servir apenas para se sair do centro da cidade e nunca para levar mais trânsito para o centro da cidade.

Para chegar ao centro da cidade, já existem outros acessos, e o mais indicado continua a ser a A25.

Mas pronto, a obra está feita...

domingo, janeiro 01, 2006

A melhor festa do mundo!



O Natal já era, a passagem de ano também já foi, mas para a semana a festa continua. Está aí o São Gonçalinho!

Por norma, as festas são todas iguais. Arcos a enfeitar as ruas e grupos de musica a alegrar a malta. O São Gonçalinho é muito mais do que isso. O São Gonçalinho tem caracteristicas que fazem dos seus festejos únicos no mundo! Mas enganem-se também aqueles que pensem que o que apenas caracteriza a festa de São Gonçalinho, em Aveiro, é o arremesso das cavacas do alto da capela. As cavacas são de facto o ex-libris da festa, mas quem viveu naquele bairro mais de trinta anos, paredes meias com a capela, sabe que a festa é muito mais do que isso. É a vivência e a mística especial que ela tem. É a dança dos mancos. É sair para à rua, no final da tarde de segunda-feira, e ir atrás de uma «banda» que há décadas que toca as mesmas (duas ou três) músicas. É o orgulho que se tem na capela e no enfeite do seu altar. São as canções com letras «marotas» que cantamos dentro da capela.

Este ano, como há mais de trinta anos, lá irei cumprir com a minha missão, ou seja, lá irei mandar as minhas cavacas. Eu, os meus primos, e só ainda não vai o míudo porque ainda é novo para isso. Mas a vivência já lhe está a ser incutida. Porque é única e difícil de ser explicada.