sexta-feira, janeiro 13, 2006

O melhor da festa das cavacas

O Quim Barreiros motivou uma autêntica romaria atá ao pequeno largo de S. Gonçalinho, mas para mim, que ali vivi mais de trinta anos, e para toda a população que sente a melhor do S. Gonçalinho de uma forma especial, o melhor da festa voltou a ser o melhor da festa.


Primeiro, é a concentração na Capela. Ali, o ambiente é de alegria e as canções que todos cantamos, provam isso mesmo. Depois, chegam os mordomos e o destino é a rua. Ou melhor, as ruas da Beira-Mar. O mais engraçado é que tudo é espontâneo. O povo segue uma pequena banda de músicos, mas tudo canta, tudo dança. Velhos e novos. A tradição está garantida. A «arruada» percorre as ruas e pára nas casas das dos mordomos, num circuíto que demora mais de duas horas e que termina sempre na própria capela.
Este ano, o tempo ajudou e a participação da população foi elevada, como querendo demonstrar que a tradição está para durar.
A festa de S. Gonçalinho é essencialmente conhecida pelas cavacas, mas para muitos como eu, o seu melhor dia é a segunda-feira. Canta-se vezes sem conta o hino do Beira-Mar, numa demonstração bairrista que é pena não ser seguida noutras ocasiões, nem pela população aveirense em geral.
Quem foi ver o Quim Barreiros, ia ver o Quim Barreiros noutro sitio qualquer. Quem está à espera do final de tarde de segunda-feira, são aqueles que «amam» a festa, que ali vivem ou viveram.

E como sempre, eu e vários familiares (incluíndo o menino Afonso, de apenas seis anos), cumprimos com a tradição e lá fomos mandar as cavacas. Junto a nós, também ele um «filho» da Beira-Mar, encontrava-se Ribeiro, futebolista do Beira-Mar. E é por isso que Ribeirinho, como carinhosamente ainda é tratado, é de facto um jogador especial no plantel auri-negro. Porque é do Beira-Mar, mas também porque é da Beira-Mar.

Para o ano há mais.

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