sexta-feira, maio 09, 2014

O que é um hostel?


Esta coisa, muito portuguesa, de recorrer a palavras estrangeiras e passar a utilizá-las como portuguesas, é ridículo. Veja-se o exemplo desta casa no Rossio, bem bonita, por acaso, onde se pode ler «hostel». Hostel??? Hostel é uma palavra espanhola e Aveiro fica em Portugal! «Residencial», «Hotel», «Pensão» são palavras portuguesas.
 

17 comentários:

Anónimo disse...

É uma casa portuguesa com certeza, é com certeza uma casa portuguesa!...(devia ser) mas com os estrangeirismos estragam tudo!
E já agora voltamos a ver navegar com toda a sua beleza "natural" nas águas límpidas da nossa ria, os belos moliceiros DECEPADOS!
Há dias era vê-los navegar uns atrás dos outros, belos. belos!...
Ó Eng. Ribau Esteves, Aveiro agora é sua, acabe com esta pouca vergonha!...
NÃO FALE, ACTUE!...
OS AVEIRENSES AGRADECEM!

Anónimo disse...

Realmente num edifício antigo como esse, ter a palavra "Hostel" faz parecer que na altura em que foi construído era um termo utilizado em Portugal. Não fica bem.

Anónimo disse...

Ora agora não fica bem? Hostel, fica bem, pois!

Aveiro Night Runners, também!

A Veneza de Itália, perdão, de Portugal, também. O desígnio de uma cidade é ser a cópia de outra cidade, qualquer, noutro país. Triste e lamentável.

Tudo fica bem quando se é parolo e se julga que não é pelos atributos próprios mas sim pelos decalcados de outros lugares, ou dito noutras línguas, que se valoriza algo.

A rematar, toda a parolice e provincianismo, basta escutar alguns dos hilariantes "guias turísticos" dos moliceiros decepados que, no seu "portunhol", explicam coisas intangíveis aos boquiabertos e estupefactos turistas.

O provincianismo é transversal à nossa sociedade, actual, basta assistir às TV's e ver que oito em cada dez das coisas/eventos que ocorrem por cá, são designadas na língua inglesa. Deve ser um fartote de rir para outros povos. Patético.

Enfim, a língua portuguesa, os atributos próprios da nossa cultura, hão-de sobreviver à onda de parolice que nos atravessa.

Pedro Neves disse...

Não é por criticarmos o portugues dos guias dos moliceiros, que temos que aceitar estas tristezas num edificio como este. Fica mal e é ridiculo, alias, como quase toda a gente com quem falo, pensa.
Mas nós não temos lingua? Em Espanha vê algum «hostal» onde se leia «pensao»? Poupe-me. Isto não é provincianismo, é defender a nossa lingua. Usar ingles em situaçoes em que o ingles até se justifica, ainda vá que nao vá, agora, exemplos como estes, ainda por cima na minha cidade, é ridiculo. RIDICULO. Mais: devia ser proíbido.

Anónimo disse...

Se Freud fosse vivo talvez o caso português lhe interessasse...

Como primeiro ponto de reflexão deixo-lhe uma citação de Eduardo Lourenço:

" Os Portugueses vivem em permanente representação, tão obsessivo é neles o sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo.” (O Labirinto da Saudade, Gradiva, 2005).

Como segundo ponto de reflexão uma opinião de Jorge Miranda:

" Se observa o uso em público de línguas estrangeiras por titulares de órgãos de soberania nessa qualidade;

- Os sucessivos memorandos de entendimento com o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu não têm tradução oficial e não têm sido publicados no Diário da República;

- Se verifica a degradação do português como língua de trabalho na União Europeia.

Apenas um provincianismo antipatriótico e uma prática de subserviência pode explicar estes e outros factos, esquecendo-se que a língua é quase o único domínio de independência que hoje nos resta, que é língua oficial de mais sete Estados e que é falada por mais de 200 milhões de pessoas em todos os continentes".

http://www.publico.pt/opiniao/jornal/outro-direito-fundamental-em-risco-o-direito-a-lingua-26034448


Cumprimentos.

Anónimo disse...

Nós, generalidade dos portugueses, somos mesmo PARÔLOS conscientes ou inconscientes!!! E somos a todos os níveis, não são só os ignorantes dos moliceiros nem dos "hosteleiros", basta ver a promoção que todos os anos é feita nas ESCOLAS PORTUGUESAS, pelos PROFESSORES PORTUGUESES e com apoios de ORGANISMOS OFICIAIS PORTUGUESES ao "portuguesíssimo" Hallowine... Pior que ridículo, EXECRÁVEL!!! E a nossa cultura a definhar todos os dias... Já dizia o grande Eça há cem anos, isto não é um país, é um sítio... Lamentavelmente continua cheio de razão...

Anónimo disse...

Em termos de política oficial de defesa da cultura dos nossos valores ancestrais e tradicionais, os últimos 40 anos foram um perfeito desastre!!! Os "democratas" feitos à pressa que não passam de meros ignorantes chico-espertos e oportunistas que tomaram conta da quinta, mandatados por outros tão ignorantes como eles, não podiam conduzir a outro resultado...Hostelices e hallowinices são apenas a consequência normal e natural, Sr. Pedro Neves!... Siga a marinha!...

Anónimo disse...

Neste caso em concreto nem acho mal.
Penso que a ideia de publicitar o "hostel" é o hotel de baixo custo "low-cost".
É um conceito internacional que abrange várias línguas e todos (nacionais e estrangeiros) sabem do que se trata.
Sinceramente não vejo mal em usarmos estrangeirismos... não é isso que me deixa de ser Portuguesa e ter orgulho no meu país (pronto: chamem-me parôla)
Mas eu gosto de ser parôla e de gozar com os restantes parolos que se atrapalham quando tentam usar um estrangeirismo. Exemplo "feedback" muito dito como "fio de beque"

João Francisco disse...

Não passa de uma albergaria onde quase tudo é partilhado, além, de um ou outro quarto individual, os restantes têm beliches, as casas de banho incluindo a de deficientes são também partilhadas, assim como a sala de convívio. A cozinha não foge á regra, isto para tornar a passagem ou estadia por Aveiro mais barata no já reduzido orçamento de quem gosta de viajar e partilhar quase tudo, tornando –se informal e onde o convívio naturalmente acontece. É uma boa opção, é uma boa oferta, tem qualidade e começa a ser uma referência para os viajantes se já não o é.
Admito que Hostel não fica ali bem, é despropositado, não acrescenta mais valor, mas possivelmente foi licenciado e aprovado, da mesma forma que temos esplanadas e outras coisas parecidas. Se assim foi podemos juntar mais esta, para compor o ramalhete de anacronismos que Aveiro não precisa.

Anónimo disse...

Para a anónima das 11.19:

Se o uso absurdamente abusivo dos estrangeirismos não a incomodam, ainda bem para si!

Cada um come do que gosta, ponto!...

Anónimo disse...

Cara anónima das 11h19: Olhe que se esqueceu dos itálicos, talvez por atrapalhação...

Anónimo disse...

Para o/a Anónimo(a) das 9:21:
E quem não gosta, põe à borda do prato!!!

Peço desculpa ao autor do blog, de facto não merece este tipo de comentários.

Anónimo disse...

Parece-me que o debate está um pouco desfocado em todas as frentes.
Enquanto aqui se discute o "formato" do novo "alojamento local do Rossio", na Fábrica Jerónimo Pereira Campos o novo Executivo, aí alojado há 7 meses, continua também desfocado relativamente ao desejável "norte" da organização que Aveiro merece...
A arrumação de ideias e a credebilidade foram no passado, e parece que continuam a ser, os grandes problemas!...

Anónimo disse...

Tanta falta de ideias, que têm que recorrer aos que estavam antes para levarem alguma coisita à Assembleia Municipal, tanta falta de credibilidade, que até têm de manter à frente da organização os mesmos que ajudaram empenhadamente a desorganizar Aveiro, tanto alheamento que faz dó, e agora, para cúmulo, sem nenhum dinheirito do governo, isso é que vai ser como o Povo já diz à boca cheia aí pela cidade (que continua como em 1964):
"Oh tempo volta p´ra trás, dá-nos tudo o que..."

Anónimo disse...

Eu não sou de Aveiro. Estou a viver aqui há pouco tempo. Quando li os comentários acima só me vem um ditado à cabeça: "se um diz mata o ouro diz esfola!" Não haverá nada de positivo a dizer?
Eu apenas digo, bem-haja a quem iniciativa e vontade de trabalhar e de fazer algo pela cidade ou país onde vive! Também defendo que devemos preservar a nossa identidade mas o que é certo é que pertencemos a um mundo que cada vez é mais uma aldeia global...
Bem-haja a quem trabalha!

Anónimo disse...

Para o snr/a anónimo/a das 2.22:

Aqui, em Aveiro, há muita gente que tem iniciativa e vontade de trabalhar, simplesmente NÃO DEIXAM NEM VALORIZAM!...

Como vive há pouco tempo em Aveiro ainda não teve tempo para conhecer os meandros!

Nem tudo é o que parece!...

Anónimo disse...

Soy española y les puedo asegurar que hostel no es una palabra del castellano usamos hostal