terça-feira, março 31, 2015

Avenidas sem passeios

Dirijo-me para o trabalho e quando passo na avenida que liga a Estação à Nacional 109, vejo dezenas e dezenas de escuteiros a caminharem nesta artéria. Uma avenida (existe outra paralela que liga a Forca igualmente à Variante 109) que surgiu há anos (julgo que ainda foi no tempo de Alberto Souto) e que continua sem passeios. Daqui a quantas décadas serão construídos os passeios?

5 comentários:

Anónimo disse...

Passeios para quê?

Para que servem os passeios numa cidade que não entende, nem respeita a dimensão e a lógica sequencial pedonal da mobilidade.

Tanto faz não haver, como é o caso que refere, como haver passeios, pois nos que há, para além de constituírem um perigo para os peões mais idosos, ou portadores de deficiência física, são populados, parasitados por bicicletas sem fim e velocípedes elétricos.

Veja-se o caso dos passeios do Cais da Fonte Nova (sinalizados com proibição de circulação exceto cargas e descargas), são dezenas, senão centenas de bicicletas, algumas em velocidade pondo em perigo o peão. Veja-se o estacionamento automóvel em cima dos parques desportivos dos frequentadores do bar daquele local.

Veja-se os passeios laterais da Av. Lourenço Peixinho repletos de BUGAS (bicicletas de utilização gratuita de Aveiro) com os seus condutores aparvalhados a ziguezaguear entre os peões. Um aparte: a juntar às BUGA’s em cima dos passeios, os modernos angariadores dos moliceiros ex-decepados, de verde alface, e é lindo, digno de um fado da Amália…

Veja-se a Rua dos Combatentes da Grande Guerra, onde a circulação é limitada a cargas e descargas e dentro de determinado horário, repleta de carros, o dia todo, alguns com velocidade e as omnipresentes bicicletas a toda a hora.

Veja-se o novo parque de estacionamento gratuito para motociclos e automóveis ligeiros na praça da estátua de José Estêvão! Em plenos Paços do Concelho – inédito em qualquer cidade!

Não era tempo de policiar, pois de civismo estamos conversados?

Não era tempo de as autoridades terem a dignidade e a vergonha de assumir, de uma vez por todas, se querem segregar a circulação de bicicleta, ou não. Se não querem, devem eliminar essa vergonha chamada “rede ciclável” de Aveiro, os restos de linhas e sinais absurdos, de uma vez por todas?

Talvez não faça sentido a segregação, pois o ciclista só vai a esses locais se quiser, perante o novo Código. Está vista a dimensão cívica do ciclista aveirense perante a forma como circula atualmente. Mesmo perante o Código da Estrada, querem lá saber. Reina a impunidade e a má educação e o egoísmo.

Não era tempo de retirar os carros de cima dos passeios e do estacionamento em infração todo o santo dia? Vejam o Alboi!

Não era tempo de construir passeios onde nunca foram feitos?

Não era tempo de sinalizar a sério os locais e contribuir para uma cultura de respeito cívico?

Talvez já fosse tempo de passarmos da conversa fácil para os jornais locais (mobilidade suave e afins) aos atos visíveis e bem alinhados tecnicamente.

Ou a culpa continuará a ser de Alberto Souto?

Anónimo disse...

A Avenida que liga a Forca à 109 foi iniciada na época do Dr. Souto, aparentemente para dar apoio no estacionamento a veículos dos visitantes da Feira que se realizava no actual Parque da Fonte Nova.
Nunca foi inaugurada e os poucos passeios existentes foram construídos com os prédios novos, talvez "um dia", tenham seguimento.
Os moradores desta zona, mal concebida, não têm "direitos", limitam-se a "pagantes" do que é exigido pela autarquia!...

Anónimo disse...

Mais uma "ideia" luminosa surgiu na mente do presidente de Junta da Glória/Vera-Cruz ou vice-versa!...

O Cemitério Sul foi contemplado com uns recipientes a lembrar os marcos do correio antigos, em vermelho vivo com topos dourados, chamados velómetros (velas ao metro??) para colocação das velas queimadas.
Aquelas "coisas" não só ferem a visão e a sensibilidade de qualquer ser humano vivo como desrespeitam as pessoas ali sepultadas.

As árvores de grande porte que dão sobriedade a qualquer cemitério deram lugar a algumas cameleiras que custam a desenvolver dando uma imagem desertificada ao espaço!

Caramba! Quem tem tamanhas cabecinhas pensadoras que só pensam asneiras?
Não há "aconselhamento" para estas decisões absurdas?
Depois não querem que se diga que "tudo isto" bateu no fundo, que a cidade regrediu a raiar a saloiada e está mal tratada???

Anónimo disse...

Moliceiros ex-decepados?

Ainda hoje, dia 04 sábado "navegavam" decepados à vista de muitos "turistas" e outros com as habituais informações de "guias" que são de partir o coco a rir mas de tristeza!
Vejam que até os edifícios do complexo Centrum foram construidos com base nas proas dos moliceiros!
O preço dos edifícios novos do Parque da Fonte Nova também constam das ditas informações!
É de facto lamentável!

Anónimo disse...

Estamos a "progredir" fortemente nas fartas lógicas presidenciais "gafanhoas"... sem ofensa para os autênticos "Gafanhões".