segunda-feira, dezembro 12, 2016

Natal em Aveiro

Não. Não alinho no dizer mal de tudo só porque não sou deste partido ou porque não gosto desta pessoa. Os leitores do Aveiro Sempre que ainda não perceberam isso, ainda não perceberam a essência deste espaço. Sou aveirense e sou cem por cento independente.
Vem isto a propósito das iluminações de Natal que Aveiro conheceu este ano e das críticas que tenho lido sobre isto mesmo, ou seja, se não tínhamos iluminações, porque era uma vergonha; agora que voltámos a ter, é porque é dinheiro mal gasto e porque só temos porque as eleições estão à porta!
Eu sempre defendi a existência de decoração natalícia na cidade. Não pode ser de outra forma. Qualquer localidadezinha deste país o tem! Agora, o que me parece fundamental é bom senso e neste caso não acho que Aveiro tenha estado mal este ano! As iluminações são pobrezinhas? São. Mas é melhor do que não ter nada. Temos que ter aquilo que é possível ter. Não ter é que inconcebível.


E depois das iluminações já estarem montadas e a funcionar, eis que, Ribau Esteves nos surpreende com a maior árvore de Natal do país! À grande, mas segundo parece, sem custos...Seja como for, a árvore é imponente e permite fotografias fantásticas porque aquela zona é mesmo fantástica. 
Agora, independentemente de não criticar a ideia, o que eu gostava mesmo - e trocava as iluminações e a árvore gigante - era que, precisamente naquela zona, se arranjasse a Rua José Afonso (uma vergonha que já aqui denunciei várias vezes e que tarda em ser reparada) e que o centro de Aveiro não tivesse postes e postes e postes de iluminação...às escuras. Mas pronto, não critiquemos aquilo que nao tem que ser criticado.


6 comentários:

Anónimo disse...

Sr Pedro Neves, não parecendo, acabou a contradizer-se...
Pois é! Em matéria de gestão pública (de necessidades coletivas versus dinheiro público) a questão fundamental, não pode, nem nunca poderá ser feita com base na análise isolada de cada acto político em si mesmo, mas sim, com base na avaliação de cada acção em função da relaçao custo/benefício para a comunidade, numa permanente contextualização e ponderação de prioridades no conjunto global das necessidades, sempre, sempre, sustentado na máxima regularidade e coerência (política) ao longo do tempo, quer no contexto da verbalização de diagnósticos de situação e de objetivos, quer no da concretização da(s) acção(ões)!
Ora, não se pode validar megalomanias do que quer que seja "maior do país" com a exigência territorialmente (ou não) próxima de obras públicas, obvia e prioritariamente necessárias, por uma única RAZÃO, O DINHEIRO PÚBLICO É LIMITADO! E É SEU, MEU E DE TODOS NÓS!
Em período de contenção de gastos públicos, teria sido muito mais do que atinado e coerente, dispensar as megalomanias e distribuir regular e anualmente, com atino, o dinheiro público pelas necessidades básicas e dispensar à valorização artístico/decorativa da cidade um financiamento anual (regular) dentro da regra geral de contenção/disponibilidade.
A haver esforço na colaboração de privados, então esse esforço deveria ter sido procurado e concretizado todos os anos, e não só em ano eleitoral, pelo simples facto de que Aveiro precisa de quem o gira em permanência e não ao ritmo de soluços (quiçá eleitorais...).
Aveiro não pode ser mais árvore de natal, nem poste da propaganda de oportunidade!
Aveiro precisa de quem lhe dedique atenção e cuidado permanente, solucionando atempadamente as suas debilidades com uma gestão sempre atenta, articulada, multilateral e criteriosa dos dinheiros públicos (= dos nossos impostos) e PENSE O SEU PRESENTE E O SEU FUTURO EM TERMOS MAIORES, QUE NÃO SÓ OS DO MERO FOGUETÓRIO!

Anónimo disse...

Em período natalício, não há parcela nenhuma de dinheiro para pagar as dívidas da câmara (e, assim, aliviar um pouco os credores), nem para reparar e acabar os passeios e o alcatrão das ruas e a ponte (que nunca mais têm fim), nem para a iluminação pública,... mas, ali, mesmo em cima destas necessidades básicas, há todo o dinheiro para a "maior árvore" e, mais à frente, para reduzir os passeios a metade da largura com "pirolitos" sem patavina de graça e, (pasme-se!)... para outra árvore!!
Nuns anos, nada, noutros em dobro!
Quando se tem maturidade infantil, é assim que se "gere"!...
Lol

Anónimo disse...

Como leitor e por vezes comentador no espaço de que o Snr Pedro Neves é proprietário dou-lhe inteira razão na chamada de atenção que faz quanto à essência do mesmo, contudo como compreende, de certeza que sim, a maior parte dos comentadores (julgo eu e falo por mim) não terá outro meio de manifestar as suas descrenças, desilusões e afrontas feitas por pessoas que se intitulam de "políticos" mas que demonstram não serem mais do que seres que não nasceram para a política mas que a usam como fossem os "donos disto tudo", sem respeito absolutamente nenhum pelos que deveriam considerar como seus semelhantes!
Afinal somos nós, Povo anónimo, que lhes damos os votos!
O momento que vivemos em Aveiro é demasiado grave para que nos calemos, por isso fazemos chegar, ainda que através do anonimato, algum sentir Aveirense!
Agradeço que continue a permitir a ousadia do uso do seu Blogue. Cumprimentos e mais uma vez grato pela compreensão.

Anónimo disse...

Em tempos tinha feito a promessa de não participar/comentar mais neste blog, mas permitam-me que volte com a palavra atrás.
Concordo com o Sr. Pedro, pois adoro a minha cidade, tenho muito orgulho nela. Quero o seu melhor independentemente da cor politica.
As luzes de Natal são obrigatórias (mesmo que poucas), pois pertence ao espírito da época.
O grave de termos a maior árvore de Natal do país, não é o facto de a termos (bem bonita e traz fotos fantásticas de Aveiro), mas sim a leviandade com que se coloca ali aquela estrutura.
Está em falta muita informação: quem foram os empresários que ofereceram as luzes, com que contrapartidas foi feita essa estrutura, que seguro tem a estrutura caso haja um acidente, qual será o custo da reposição da relva daquele espaço, quem pagou o fogo de artifício, licenças, ou seja qual o verdadeiro custo para o contribuinte.
Dos últimos anos (que não tivemos nem uma lâmpada) para este ano que temos tudo e pelos orçamentos apresentados não me parece que financeiramente a Câmara tenha tido alguma melhoria. Qual é a justificação desta mudança radical?, não há respeito pelos Aveirenses. Antes não havia dinheiro, logo, não tínhamos direito a nada, mas como estamos a um passo das eleições, já temos direito a tudo. Só lamento por isto, pela falta de transparência da gestão dos "nossos" dinheiros.
@n@

Anónimo disse...

Também concordo que não se pode analisar os atos individualmente, mas sim no seu conjunto, senão isto passa a ser só uma "festa na cidade", quando Aveiro precisa é de quem saiba gerir conjuntamente todos os problemas e necessidades de todo o concelho, tendo em conta uma ordem lógica de prioridades, a começar pelas básicas.

Anónimo disse...

O Troca tintas do c...ças" que não tinha dinheiro, que não tinha dinheiro por culpa do Dr. A. Souto, que tinha os cofres da Câmara numa miséria, que tudo tinha sido uma irresponsabilidade completa, que agora estávamos em crise, que tínhamos que mudar de vida, que o tempo das vacas gordas tinha acabado, que agora íamos ser SÓ responsáveis e, no fim, vai daí, desata a fazer árvores e arbustos de natal em DOBRO e aos MOLHOS, como se não houvesse amanhã, ... e, (pasme-se!!!) agora, já não é IRRESPONSABILIDADE!!!
Pois não! SÓ PODE SER MESMO BEBEDEIRA! E DA GORDA!!!
Ou será que já é mesmo a face visível do peculato?!?
E nós a aturar isto!
QUE TRISTEZA DE COERÊNCIA!
QUE FALTA DE RESPEITO PELO VALOR DOS NOSSOS IMPOSTOS E PELO ESFORÇO DOS AVEIRENSES QUE OS PAGAM!