quinta-feira, junho 15, 2006

Domingos Cerqueira

Há quem lhe chame «camaleão», eu prefiro vê-lo como um homem integro, honesto, e acima de tudo, um grande aveirense. Eu penso que ele não é um «camaleão», antes pelo contrário, ele não muda é as suas opiniões, os seus principios por causa da cor politica. Aveiro está em primeiro. Por isso, admiro-o.

5 comentários:

JMO disse...

O ultimo artigo no Diário de Aveiro demonstra um homem que não sabe aceitar a critica e que continua a ter os seus ódios de estimação. Não, não o posso admirar. Diferenças...

Pedro Neves disse...

Caro João:
Em primeiro lugar, deixa-me dizer-te que aprecio a tua frontalidade. De qualquer das maneiras, a ideia que faço do Domingos Cerqueira, não tem nada a ver com o ultimo artigo no DA. Tem antes a ver, com o facto, de me parecer, que independentemente da sua filiação partidária, é alguém que segue os seus ideiais por Aveiro.
Tu sabes que eu não sou filiado, mas já deves ter testemunhado que, mesmo aqui no Aveiro Sempre, tenho, ora criticado a Câmara Municipal de aveiro, ora a tenho defendido e até aplaudido quando acho que assim se justifica. É esta postura, que nada tem a ver com o que o partido A ou B defende que eu aprecio no Domingos Cerqueira. Mas atenção, respeito, como é obvio a tua opinião.

Terra e Sal disse...

Falar do Senhor Domingos Cerqueira é dar razão a tudo o que ele diz nas suas crónicas.
Pode ser até uma habilidade de saber “jogar” com as falhas dos outros, mas se assim é, então muitas falhas devem existir.

Um dos muitos exemplos que ele nos deu, mais recentemente, foi o de fazerem a “Feira do Livro” no Rossio.
Quem é que não concorda que aquilo foi uma “palermice”?

É que, por muito que se procure nas suas crónicas, tendências facciosas, acabamos por não as encontrar, e reconhecermos que ele tem sempre razão naquilo que afirma.
E tanto assim é, que ninguém o vem contrariar ou contestar as suas afirmações.

E quando alguém o ousa fazer, é de uma “pataratisse” tal, que faz doer a alma, e caricatura um todo, o que é lastimável.

Depois penso, que é um homem demasiado sério, para se andar a imiscuir em assuntos sem saber, e que não sejam acima de tudo os interesses primeiros de Aveiro.
Ele é um homem frontal, sempre o foi.

Não nos podemos esquecer que quando a Câmara Socialista perdeu a favor da Coligação, e tudo andava em “ebulição”, uns por terem perdido “sem saberem como”, e outros por terem ganho “sem saberem ler nem escrever” ele teve sempre a mesma postura.

Depois dizer que ele tem ódios, acho ser uma ofensa à sua dignidade de homem comprovadamente honesto, à sua condição de Aveirense, e à sua cidadania de homem livre.

Penso que devemos ser moderados nas nossas afirmações quando o fazemos voluntariamente, sabendo-se que não se tem razão.

Ele tem condições para o ser, mas não é um político, não o vejo como tal.
Tem provado que não quer ser, ao contrário de alguns, que não tendo vocação o querem ser à força.

Todos nós sabemos que alguns(infelizmente muitos) entram num partido com o objectivo de conseguirem um “carreirismo” e ganharem a vidinha, já que, cá fora ao longo de muitos anos, nunca se conseguiram impor.

É natural, há pessoas com azar, sem sorte como se diz, há outros também que abusam dela, não têm juízo, e ela depois vinga-se…

Ora o Domingos Cerqueira que se saiba, entra e sai, porque é “indomável” e não está dependente de nenhum, e por isso mesmo é que não tem papas na língua…

Só por isso merece ser aplaudido.
Cumprimentos.

JMO disse...

Caro Terra e Sal,

Não tente transformar aquilo que pensa em verdade absoluta. Desculpa mas a deslocação da Feira do Livro para o Rossio foi, ao contrário do que alguém tenta passar - seja democrata ou não - também e fortemente a vontade dos livreiros.
E se os livreiros quiseram ir para o Rossio, por alguma razão foi.

As actividades desportivas este ano realizadas são excepcionais. Mas só alguem ultrapassado nos conceitos refere qe não se podem misturar: se uma pessoa, basta uma, comprou livros depois de ter ido ao karting ou beber uma cerveja ao final da tarde, então já valeu a pena, não acha...?

Quanto a carreirismos, espero que não esteja a falar de mim, caro Terra e Sal.

Terra e Sal disse...

Caro João Oliveira:
Pobre de mim quando chegar a falar ou opinar seja do que for com dúvidas.

Todos nós temos a verdade que poderá ser, maior ou menor.
A minha, naturalmente manifestou a certeza que tenho.

A vontade dos livreiros que você diz ter sido sua vontade fazer ali a “feira” não me parece ser muito importante dar-lhe satisfações já que, a feira, é para quem se interessa por livros, e não propriamente para quem os vende.

Aquilo tornou-se uma miscelânea como certamente verificou.

E uma “Feira do Livro” embora seja sempre uma “festinha” de cariz popular, tem características ou pelo menos acho que deveria ter, muito singulares.

Quanto ao “carreirismo” de que falei, não será muito difícil a qualquer um deduzir que não me referia à sua pessoa.

Já agora, e porque você amua por tudo e por nada, deixe-me contar-lhe uma história bem real:

Em tempos idos, os oficiais do exército, eram figuras de destaque na sociedade portuguesa.
Era distinto nas “famílias” terem um dos seus membros no clero, ou no exército.

Era lindo, os senhores oficiais ostentarem espadas brilhantes, galões de latão amarelo reluzente, e passearem-se pela cidade montados em cavalos bem tratados e luzidios, até nos salões de baile, faziam sucesso com as suas fardas.

Eram mesmo “fidalgo”.
Foi daí, penso, que nasceu aquilo a que chamamos hoje de “snobismo”.
Casavam com gente de “sangue azul” na altura já “tesos que nem carapaus”.

As indústrias prosperavam, enriqueciam uns “labregos” a quem apenas faltava ter na família, uma duquesa, um duque, uma condessa ou outra “merdisse” qualquer.

É que enquanto uns enriqueciam outros afundavam na miséria, com a absorção da mão-de-obra nas fábricas, olhe o caso ali em Tabueira, como exemplo.

Os pais destes senhores oficiais, geralmente tinham boa “maquia” e naquele tempo ainda não havia outro tipo de “tráfico de influências”.

Depois, e aqui é que é interessante, eram senhores “oficiais” mas não eram obrigados a saber ler nem escrever.

Isso era uma tarefa pouco nobre, pertencia à classe de sargentos.
E para ser sargento tinha de se saber ler e escrever escorreitamente, além disso, e outro factor importante:
Deviam ser atreitos a mulheres e a vinho.

O que leu poderá pensar ser brincadeira, mas acredite que não é.
Fale com alguém que goste deste tipo de história, e saberá mais esta verdade.
Fazia até parte, do “D.R.M.” de então.

E pronto João, contei-lhe esta história para ter a certeza que não vai continuar com dúvidas, é que eu nunca as tenho, embora pense que nem por isso chegarei a Presidente da República…

Mas o que interessa é que tenha percebido a metáfora…
E quando você pensar ou eu perceber que quer ser “carreirista” eu chamo-o pelo nome, descanse.

Cumprimentos.