O Beira-Mar deu anteontem, em Leiria, uma boa resposta aos críticos do costume. Durante 81 minutos, foi melhor que a equipa da casa, jogou um futebol personalizado, foi sempre uma equipa organizada e por isso, chegou sem surpresa aos 2-0. Quando nada fazia crer, e quando tudo se conjugava para a primeira vitória da história do clube em Leiria, eis que os aveirenses, num ápice, perdem os dois pontos e acabam por voltar a empatar a duas bolas.
Primeiro, surge um auto golo de Alcaraz (resultante de um lance em que Jorge Silva não conseguiu acompanhar em velocidade de Sougou) e depois, apareceram os erros vergonhosos do senhor João Vilas Boas, impedindo que os «auri-negros» obtivessem um triunfo que seria mais do que justo. O penalty é inexistente, e as expulsões de Danrlei e Vasco Matos também. Por seu lado, uma a agressão a Torrão, mesmo nas «barbas» de um dos árbitros auxiliares (!), e uma entrada violenta de Sougou sobre Wegno, quando este já fazia de guarda-redes, ficaram impunes. É este o futebol português. Percebia-se por isso a indignação de Jardel e de Inácio, quando entrevistados no final da partida.
A actuação foi do juiz da partida foi determinante na perda de dois pontos, mas julgo que as substituições operadas por Augusto Inácio, claramente com o sentido de defender cedo demais o resultado, também não ajudaram à obtenção do primeiro triunfo na Liga.
Em termos individuais, notas muito positivas para as actuações de dois brasileiros: Danrlei e Wegno. O guarda-redes não teve muito trabalho mas em tudo o que fez, revelou classe e tranquilidade; Wegno foi sempre um «diabo» à solta e chegou a deliciar o público com alguns pormenores técnicos muito bons.
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