Debater democraticamente a Cidade dos Canais.
Eu acho o Hotel ArcadaA mais evidente provaDe que ele, e quase nada,Já resta da Arte Nova.Subam a nossa Avenida,Olhem para o vosso ladoE vejam a dor sentidaDesse espólio abandonado.O ex-Centro de SaúdeTodo ele a apodrecer,Mais parece um ataúdePerto da cova, a descer.N´antiga Casa ParisPouco ou nada já lá há;A lembrar aquele paísCom capital, Bagdad.A sua porta d´entradaFede se lhe bate o sol,Pois à noite é transformadaNum recatado "urinol".A actual Casa BelezaOnde os Barros habitaram,Mete dó, é uma tristeza,Nem os vidros escaparam!E o prédio onde está Aquela Barbearia;Reparem bem, olhem láO estado d´agonia.Vejam onde o BananeiroVende os legumes e fruta.A seguir, o EspingardeiroE a casa devoluta.Depois a Lavandaria;Reparem bem na fachada!E aquela PizariaComo está bem "encimada"!Mais abaixo a Ribasil,Em cima o Bazar Valente;Isto parece o BrasilDo sertão d´antigamente.Por isso apelo aqui Às doutas autoridadesPara empregarem ali As suas capacidades.Antes que num belo diaHaja um a desabar,Numa desgraça sombria Que temos que evitar.ZÉ MALAGUETA
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Eu acho o Hotel Arcada
A mais evidente prova
De que ele, e quase nada,
Já resta da Arte Nova.
Subam a nossa Avenida,
Olhem para o vosso lado
E vejam a dor sentida
Desse espólio abandonado.
O ex-Centro de Saúde
Todo ele a apodrecer,
Mais parece um ataúde
Perto da cova, a descer.
N´antiga Casa Paris
Pouco ou nada já lá há;
A lembrar aquele país
Com capital, Bagdad.
A sua porta d´entrada
Fede se lhe bate o sol,
Pois à noite é transformada
Num recatado "urinol".
A actual Casa Beleza
Onde os Barros habitaram,
Mete dó, é uma tristeza,
Nem os vidros escaparam!
E o prédio onde está
Aquela Barbearia;
Reparem bem, olhem lá
O estado d´agonia.
Vejam onde o Bananeiro
Vende os legumes e fruta.
A seguir, o Espingardeiro
E a casa devoluta.
Depois a Lavandaria;
Reparem bem na fachada!
E aquela Pizaria
Como está bem "encimada"!
Mais abaixo a Ribasil,
Em cima o Bazar Valente;
Isto parece o Brasil
Do sertão d´antigamente.
Por isso apelo aqui
Às doutas autoridades
Para empregarem ali
As suas capacidades.
Antes que num belo dia
Haja um a desabar,
Numa desgraça sombria
Que temos que evitar.
ZÉ MALAGUETA
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