domingo, maio 14, 2006

Confusão

Confesso que me fez alguma confusão ver alguns dos homenageados, no dia do MUNICIPIO de Aveiro, receberem as respectivas medalhas das mãos de pessoas que nada tem a ver com o nosso Concelho...

6 comentários:

Terra e Sal disse...

Meu Caro Pedro Neves:
Tentei saber o que se passou.
Sou muito "cuscas," e de alguma coisa tive conhecimento.

É como diz:
Os "medalhados" deviam ser
efectivamente pessoas que se tivessem distinguido nos interesses de Aveiro, do seu concelho ou do seu povo, em qualquer circunstância e destaque.

Mas todos sabemos que esta coisa de agraciar os que se distinguem está a ficar corriqueiramente "foleira".

Efectivamente, em minha opinião, é até ofensivo para alguns merecedores da distinção, estarem inseridos como iguais, no seio daquela "salgalhada."

As "cabeças pensantes" andam cada vez mais vazias de ideias e do sentido de justiça...

Bem, fazem justiça à vaidade...
Por um lado até têm razão, já que, os bons, os honestos e os verdadeiramente ilustres, dispensam mordomias.

Mas isso não impede de eu pensar que não sabem distinguir o trigo do joio quanto mais o mérito, valor e dedicação, dos homens e mulheres da nossa terra!

Cumprimentos

zé das enguias disse...

Já agora, Caro Pedro Neves, pode dizer-me a quem se refere? Quem é que lhe faz tanta confusão assim?

E quanto ao trigo e ao joio, Caro Terra e Sal, concordo...
Tempos houve em que o trigo era sempre trigo e o joio andava bem arredado.

Que quer, coisas da modernidade, talvez até da agricultura transgénica...

Pode ser que agora se comece a apostar em força na agricultura biológica ou, como o governo Sócrates tanto gosta de chamar, Nova Agricultura.

Cumprimentos

Pedro Neves disse...

Claro caro Sequestrado: olhe, a Regina Bastos, por exemplo.

Terra e Sal disse...

Ainda bem que concorda comigo Caro Sequestrado.

O Trigo sempre foi querido pelos homens, desde o tempo em que Cristo andou pelo mundo e disso mesmo reza a Bíblia.

O Joio sempre foi afastado, como "erva" daninha como do mesmo modo aquele livro sagrado nos diz.

Mas agora e pelos vistos, e fazendo até fé naquilo que diz e professa, ele próprio se passeia com o Sagrado debaixo do braço.

Ele por si só, é já uma doença, e como lembra, e bem, tempos houve que andava bem arredado.

É que um fungo tem tendência a germinar outros, a contaminar o que o rodeia, como diz a ciência e os livros, e que você na sua sabedoria tenta desmentir.

Pelos vistos novas páginas sobre o assunto se tem de escrever.
É que, como atrás disse, e desde tempos ancestrais,a separação sempre se fez, sem relutância alguma.

Pelo que me foi dito, creio que houve algum joio por lá metido. Mas o meu Amigo no seu pensamento libertador e apaziguador, acha por bem que ambos se conjuguem num só.
Maneiras de ver e sentir, que tenho de respeitar.

Cumprimentos para si, que já não o via há um bom par de meses.

zé das enguias disse...

Caro Pedro Neves, é pena que coisas tão simples lhe façam confusão. E tão simples como a simples vontade popular de que sejam "outros ou outras a entregar as medalhas". Sejam de cá por nascimento, por opção ou até porque muitos de nós os convidámos a ser. É pena que, passado já algum tempo, ainda lhe custe a aceitar as regras mais básicas...

Quanto às medalhas, concordo com o T&S, se tal me é permitido; não são elas o mais importante.

O percurso de cada um, a vida que em cada momento escolhe viver, o caminho que decide trilhar e, acima de tudo, o exemplo que consegue dar aos outros, sejam esses outros os filhos, os amigos, os concidadãos, enfim, a sociedade que o rodeia, esses "momentos" são os que realmente contam em vidas necessariamente curtas para o tanto que delas queremos fazer.

As medalhas nada mais são que um pedaço de metal.
O reconhecimento e a amizade duram para sempre.
Cumprimentos.

Terra e Sal disse...

Meu Caro Pedro Neves
Meu Caro Sequestrado:

Medalhadores & Confusão!

Todos sabemos que hoje, com a alteração que houve e há, no comportamento da sociedade, na sua “evolução” modernidade, e até globalização, tudo é aligeirado e consumido como se de bom se tratasse.

Figuras apagadas, que nunca se distinguiram na sociedade pelo seu trabalho, pelo mérito profissional, técnico ou científico, são consideradas pessoas de relevo e até de distinção.

O mérito que lhes provém, foi o de andarem uma vida a serem encaixadas, num grupo qualquer, seja ele qual for, para desempenharem uma determinado “papel” público, que também esse, anda pelas ruas da amargura.

E digo isto porque os resultados são mais que palpáveis no nosso modo de viver, e na desgraça da vida que temos, em comparação com outros que olham para nós como uns coitaditos, que de algum modo não deixamos de o ser.

É que, ironicamente e sem o saber, ou a sabermos e não ligarmos, nos momentos cruciais, influenciados por um pratito de lentilhas, que não deixa de ser o “real porreirinho” vendemos a essas criaturas o nosso futuro, o dos nossos filhos, o do vizinho e de um modo geral o de todos os concidadãos.

Mas o que importa aqui realçar, é que esse bluff, por si só, dá autoridade e distinção aos seus detentores.

E nós, pobres e ignorantes prestamos-lhes alucinadamente vassalagem, dando-lhes mordomias que os faz convencer a eles e até a nós próprios, de um valor que não possuem e não lhe reconhecemos.

Sentimo-nos mesmo bem ao fazê-lo de tão pobre sermos.
É que a pobreza material, anda por norma de braço dado com a pobreza moral.

E na nossa pobreza, somos uns mãos largas, e damos distinção aos outros, oferecemos-lha levianamente, como leviana é a nossa maneira de pensar e de destrinçar o que há de bom e de mau.

E o interessante é que pagamos tudo isso, mas como em casos de acidente rodoviário, tentamos sempre imputar as culpas e responsabilidades aos outros.

Quando afinal, são todinhas nossas por direito, opção ou até mesmo para alguns, por distracção.

Cumprimentos e estima a ambos.