Aveiro precisa de mais sentido crítico

O Aveiro Sempre tem pautado o seu discurso pela crítica, pelo direito à cidadania, pela luta permanente por um Concelho de Aveiro melhor. Não sou dono da razão, terei sido injusto em muitas das críticas que fiz aos nossos responsáveis camarários e a outras personalidades locais, mas há uma coisa que ninguém me pode acusar: comodismo. E é esse comodismo que me faz confusão na grande maioria dos aveirenses. É que não basta criticar a Câmara, não basta apontar o dedo a quem está à frente das empresas municipais, não basta falar na falta de competência e da ausência de projectos que caracterizam a actual Câmara de Aveiro. Não! Aveiro tem que intervir! À excepção do movimento e da oposição que a população do Alboi criou para evitar a catástrofe de cortar este bairro ao meio, que outro tipo de exemplos temos em Aveiro de participação critica da população??? Reparem neste simples exemplo: como é possível que os aveirenses que vivem na Praceta Dr. Alberto Souto ou no Bairro da Gulbenkian, por exemplo, não protestarem, não se indignarem, não criticarem ou não denunciarem o estado terceiro mundista em que se encontram as ruas destes dois locais de Aveiro? Não consigo entender, e por isso, por sentir que Aveiro está acomodada, é que por vezes penso em desistir…


Temos que ser muitos mais na luta contra o marasmo. De uma forma independente, apartidária e por amor a Aveiro.