Enquanto a chuva cai copiosamente, arrumo a minha garagem. Tralha e mais tralha. Tarefa árdua, portanto.
Já a meio da manhã, dirige-se até mim, um casal de miúdos. Ciganos, muito sujos e de ranho no nariz. Pedem-me tudo: comida, roupa, dinheiro e até uma cama para dormir! Olho-os nos olhos e não consigo ficar indiferente. Não lhes dei mais, porque não posso. E não foi por ser Natal, porque Natal é todos os dias.
3 comentários:
Como diz Saramago, Deus depois de ter criado o mundo em 7 dias pôs-se a descansar e nunca mais fez nada.
Claro que numa qualquer empresa estava arrumado, era despedido com justa causa.
Efectivamente é confrangedor vermos a miséria que nos rodeia e sentirmo-nos impotentes para acabar com ela.
Os nossos governantes centrais e locais à miséria não precisa de dar satisfações.
Eles até nem votam!
Saramago diz muita asneira! Quanto ao seu gesto, Pedro, é de louvar,não se arrependa, porque de pessoas que tranquilizam a sua consciência perante situações de miséria, dizendo que Deus não faz nada ou arranjando desculpas ainda mais esfarrapadas, está este mundo cheio...
Imagine caro anónimo das 12;52AM que só agora vim dar uma volta pelos comentários e encontrei o seu, a mandar umas chicotadas psicológicas no meu acima.
Saramago goste-se ou não, é um pensador entre os poucos que há neste país.
É verdade que não gosto muito dos seus escritos porque ele ainda é pior que eu no que concerne a pontuações já que, nunca sabemos onde colocar as vírgulas. Mas que tem pensamentos que nos fazem reflectir penso ser verdade.
Saiba caro anónimo que sou humanista, acredito e sou solidário com o meu semelhante. Mas isso não impede reconhecer que uma “esmola” que dê, é uma gota de água que acrescento a um oceano.
Deus é a Igreja na terra e diga-me meu caro(a) o que faz ela pelos mais carenciados para quem penso deveria estar vocacionada.
A Igreja faz-me lembrar os grandes economistas que acham que o ordenado mínimo não deve nem pode ser aumentado porque vai gerar mais miséria.
No entanto, eles, têm todas as mordomias que sabemos e ainda auferem 1.000 vezes ou mais, o ordenado mínimo. Sou contra estes princípios.
Quando falei em Deus não O ofendi, apenas penso que a sua mão divina ou o seu braço na terra, devia intervir mais, para evitar a fome e mesmo as guerras que em seu nome, proliferam um pouco por todo o lado.
Depois saiba que eu penso que o Céu e o inferno é cá na terra.
O Céu desfruta-o todos os dias quem andar de consciência tranquila, e o inferno quem andar de mal com os outros, e consigo próprio.
Portanto meu Caro, eu mesmo “blasfemando” em sua opinião, sinto-me no Céu, a não ser que você ache que para ter o Céu tenho de pensar de modo diferente ou abafar estes “maus pensamentos” que só serão redimidos se for a Fátima penitenciar-me entregando o meu ouro, e quiçá, o da família, e olhe que isso, de certeza Deus não quer.
Enviar um comentário